Família Maluf devolve R$ 150 milhões para os cofres da Prefeitura de SP após acordo
Acordo faz parte da ação civil pública contra o ex-prefeito por desvio de recursos das obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho e Túnel Ayrton Senna, entre 1993 e 1998. Com isso, a família Maluf perde mais de um terço da empresa Eucatex, passando as ações ao poder da BTG Pactual.
24 de abril de 2023
(Foto: Will Soares/G1)

A Eucatex, empresa da família Maluf, e o Banco BTG Pactual começaram a pagar o previsto no acordo firmado entre o Ministério Público e a Procuradoria-Geral da cidade de São Paulo para devolver US$ 44 milhões — cerca de R$ 220 milhões – aos cofres municipais.

As empresas pagaram nesta quarta-feira (19) US$ 38 milhões, equivalente a R$ 152,8 milhões. Em breve serão liberados outros dois valores de cerca de R$ 35 milhões. Com isso, a família Maluf perde mais de um terço da empresa Eucatex, passando as ações ao poder da BTG Pactual.

A devolução é resultado de uma ação civil pública contra o ex-prefeito Paulo Maluf por desvio de verbas das obras da Avenida Jornalista Roberto Marinho e Túnel Ayrton Senna, entre 1993 e 1998.

Em nota, a Eucatex afirmou que “com a concordância de todas as autoridades envolvidas e o aval dos entes reguladores, o acordo de autocomposição firmado pela Companhia e o Ministério Público encerra antiga controvérsia jurídica de forma definitiva e demonstra a postura colaborativa de empresa, que agora, sem estar sujeita a novos questionamentos, poderá seguir com suas atividades de forma estável e com segurança jurídica, além de alcançar novos níveis de governança corporativa de forma a confirmar as expectativas do mercado”.

Atualmente, a gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) atingiu, em fevereiro deste ano, cerca de R$ 34,9 bilhões em caixa, segundo dados da Secretaria Municipal da Fazenda.

O montante já é o maior registrado pela administração municipal e supera os R$ 30 bilhões registrados em março do ano passado, como o g1 mostrou.

Lavagem de dinheiro

Maluf foi acusado pelo MPF de usar contas no exterior para lavar o dinheiro desviado. Ele usava contas bancárias em nome de empresas offshores (firmas usadas para investimentos no exterior) para enviar dinheiro desviado e reutilizar parte do dinheiro da compra de ações de empresas da família dele, a Eucatex.

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A construtora responsável teria promovido um superfaturamento da obra e repassado o dinheiro a Paulo Maluf. A Prefeitura e o Ministério Público adicionaram ao processo diversos documentos como extratos bancários e cópias de cheques tentando mostrar o caminho do dinheiro, passando primeiro por Nova York e indo parar em Jersey.

Crédito: G1
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