Ney Santos faz demissão em massa prejudicando os serviços públicos da cidade
Os funcionários exonerados da Prefeitura de Embu das Artes foram apoiadores do prefeito Ney Santos e também dos vereadores nas últimas eleições.
23 de março de 2022
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O prefeito Ney Santos tomou uma atitude intimidadora quando ordenou uma demissão em massa dos funcionários de livre nomeação, uma vez que três vereadores foram a favor da cassação do presidente da Câmara, Renato Oliveira, acusado de injúria racial no Rio, durante o recesso parlamentar. Os vereadores ainda se posicionaram contra o projeto que criaria a loteria municipal no município.

Os funcionários exonerados da Prefeitura de Embu das Artes foram apoiadores do prefeito Ney Santos e também dos vereadores nas últimas eleições. Com essa atitude, os serviços públicos podem ficar prejudicados, uma vez que em todos os setores possuem cargos de confiança, sendo assim o atendimento das unidades básicas de saúde, dentre outros.

Mesmo sabendo que desde terça-feira, dia 22, os funcionários começaram a ser exonerados, o presidente da Câmara destaca a importância das lideranças durante a sessão ordinária nesta quarta-feira, dia 23/3. “Gostaria de registrar e agradecer a presença de todas as lideranças, que aqui estão. Sem vocês com certeza a nossa cidade não estaria no caminho do desenvolvimento”, disse Renato Oliveira.

Ao Jornal Primeiro Notícias, o vereador Bobilel falou da sua insatisfação sobre as demissões e seu posicionamento perante a atitude do prefeito Ney Santos. “Eu sou governo, sempre trabalhei pelo governo. Não sou oposição, mas a atitude que o governo tomou foi isolada e até irresponsável de punir pessoas que não tem nada a ver com o que está acontecendo aqui na Câmara, que é devido a cassação. Essas pessoas estão sendo punidas por apoiar nós ou ter votado em nós”, disse Bobilel Castilho.

Em conversa com o vereador Índio Silva, que declarou na sessão, “Como todos sabem hoje não faço mais parte do Governo”, ao Jornal Primeiro Notícias, Silva fala da represália sofrida pelo seu grupo político. “Eu me sinto na condição de marido traído, a todo instante que precisaram de mim, eu fui lá servi e fui parceiro. E como sempre falo a parceria tem que vir de mão dupla. Eu já antecipei meu voto quanto a cassação do Renato e o prefeito não gostou. Eu estou em paz e tranquilo. Não fui eu que saí foram eles que me tiraram. A represália que tivemos foi por conta de eu ter antecipado meu voto em relação a cassação do pupilo dele”, destacou.

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Outro vereador punido foi o presidente da Comissão de Ética, Gideon Santos, que falou em sessão que os secretários municipais já não estão atendendo suas demandas. “Quando ontem pedi para fazer um corte de arvore, quando um amigo meu foi na Secretaria de Educação e falaram que não atenderia mais nada meu. Se secretário não me atender pode ter certeza que vou levar o povo para aquela Prefeitura de Embu das Artes. Eu não estou aqui para fazer politicagem com A ou B, mas ninguém vai calar a minha boca”, falou.

O vereador Alexandre Campos direcionou sua fala aos vereadores Indio Silva e Bobilel Castilho. “Conte com seu amigo aqui para qualquer hora. Uma coisa que aprendi foi na politica não existe espaço para covarde, e eu nunca fui covarde na minha vida. Gostaria de mandar uma mensagem para o nosso prefeito, temos que ter sabedoria. Só vou dizer isso”, disse.

Crédito: Adriana Monteiro
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