O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançou nesta quarta-feira (30) parceria com Facebook, Instagram e WhatsApp para combater a desinformação durante a eleição municipal deste ano.
Entre as ferramentas disponíveis, está um canal de comunicação específico com o TSE para denunciar contas suspeitas de realizar disparos em massa de mensagens pelo WhatsApp.
Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” apontou a contratação, pelas campanhas de candidatos à Presidência, de empresas que ofereciam serviço de disparo em massa nas eleições de 2018.
Essa irregularidade é alvo de investigação na CPMI das Fake News. Em fevereiro, o sócio de uma das empresas afirmou à comissão que prestou serviços de disparo para as campanhas do presidente Jair Bolsonaro (na época no PSL, hoje sem partido), de Fernando Haddad (PT) e Henrique Meirelles (MDB).
Ações no TSE pedem a cassação da chapa de Bolsonaro por suposto abuso devido a ataques cibernéticos em rede social para beneficiar a candidatura do hoje presidente da República. Não há data para o julgamento.
Também estão entre os serviços oferecidos à Justiça Eleitoral pelas plataformas, sem custo aos cofres públicos, ferramentas para divulgação de medidas sanitárias na votação, figurinhas com temática das eleições e um robô no WhatsApp para circular informações oficiais do TSE sobre a votação.
A campanha eleitoral começou oficialmente neste domingo (28). O horário eleitoral na televisão e no rádio começa no dia 9 de outubro e vai até 12 de novembro. O primeiro turno das eleições será no dia 15 de novembro e o segundo turno no dia 29 de novembro.
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, afirmou que o objetivo da parceria é “eliminar os participantes de má-fé que, dolosamente, procuram fazer mal às pessoas e à democracia”.
“Devemos transformar a revolução tecnológica em favor do bem e temos mecanismos para neutralizar o mal. Estamos procurando eliminar essa circulação do mal, das notícias falsas, das manifestações de ódio, das campanhas de desinformação, sem controle de conteúdo”, afirmou o ministro.
Leave a Comment