Pelo menos 12 corredores de Sorocaba, no interior de São Paulo, correram a tradicional corrida de São Silvestre, na capital, com o mesmo número de inscrição: 23.023. O fato está sendo investigado e apurado pela coordenação da prova.
Os corredores usaram a mesma camiseta de uma assessoria esportiva de Sorocaba, a Run Up. Imagens que circulam nas redes sociais mostram o grupo usando o mesmo número. Em uma foto, duas mulheres com o número 23.023 usam a camiseta esportiva da assessoria.
Os alunos da Run Up já fizeram isso em outra prova. Em 2015, o número 4.873 aparece na camiseta de duas mulheres que participaram da corrida pela assessoria.
O advogado da Run Up, Henrique Apparicio, nega as fraudes e diz que a empresa é contra este tipo de atitude. “Os alunos, em atitude autônoma, sem nenhum tipo de coordenação da assessoria, duplicaram o número de um colega”, afirma ele.
“Os corredores correram irregular e têm que responder por isso. Todos os danos causados serão reparados pela assessoria, ainda que ela não tenha organizado, mas pelo simples fato dos seus alunos terem corrido ostentando a marca”, disse o advogado. “A Run Up não foge a irresponsabilidade e irá reparar todos os danos causados. Ela pretende montar movimentos não de caça às bruxas, mas de conscientização.”
A organização da São Silvestre disse que as fraudes têm aumentado nos últimos anos. Por isso, em 2017, mudou a organização para diminuir o número de “pipocas”, os corredores não inscritos que invadem a pista para participar da prova.
“É muita gente e a fiscalização ainda é manual. A ideia é que, a partir desses dados e dessas fotos, o departamento jurídico vai tomar todas as medidas legais contra essas pessoas. A ideia é desclassificar e banir das provas da São Silvestre e do comitê organizador”, diz o assessor da São Silvestre, Marcelo Braga.
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