A Prefeitura de São Paulo afirma que espera o resultado de 8,5 mil exames de pacientes com suspeita de coronavírus na cidade. Responsável pelas análises das amostras, o governo sustenta que a fila foi zerada no 21 de abril, e que a ausência dos resultados se deve a problemas na atualização das informações, que são feitas pelo Ministério da Saúde.
O município de São Paulo é o que mais enviou pedidos para o Instituto Adolfo Lutz realizar testes de coronavírus em todo o estado.
Na quarta-feira (22), a direção do Instituto Butantan disse que a fila de testes que aguardavam análise no estado foi zerada. Entretanto, segundo o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, das 26.684 amostras enviadas pela secretaria municipal ao Instituto Adolfo Lutz, ainda não foram entregues os resultados de 8.574.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, todos os resultados são enviados ao Ministério da Saúde, e cabe a ele atualizar o sistema.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que pode haver divergência nos dados do sistema, já que as notificações não são obrigatórias, e ele é usado por mais de mil e duzentos laboratórios e mais de 8 mil unidades básicas de saúde em 4 mil municípios.
O Ministério disse ainda que a atualização representa o retrato de um momento específico. É uma atualização dinâmica, que pode ocorrer a todo instante.
Por conta da falha de informações, técnicos do Estado e da Prefeitura vão se reunir na tarde desta segunda-feira (27) para resolver a questão dos números de exames sem resultado.
Novos leitos
O prefeito Bruno Covas inaugurou na manhã desta segunda-feira (27) uma ala destinada à pacientes com coronavírus anexa ao Hospital Municipal do M’Boi Mirim, na Zona Sul de São Paulo.
Com o novo espaço, o hospital ganha 100 novos leitos de enfermaria, exclusivos para a Covid-19, só na unidade em anexo. Ao todo, serão 280 leitos no hospital. Até hoje cedo, 101 já estavam ocupados.
O hospital tem ainda 104 leitos de UTI, com 67 ocupados – uma taxa de 64%. Os novos leitos serão administrados pelo Hospital Albert Einstein, que já faz a gestão do hospital.
Eles foram doados por um grupo de empresários e custaram cerca de R$ 13 milhões.
“Aqui se torna a maior estrutura da América Latina, com leitos exclusivos dedicados ao coronavírus. Só nesta parte nova, são mais 574 profissionais que vão ser contratados pra poder ocupar. (…) Os leitos entram no sistema de regulação do município no dia de hoje, pra que eles possam ser usados na luta contra o coronavírus”, afirmou o prefeito Bruno Covas.
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