A partir desta quinta-feira (22) começa a funcionar na cidade de São Paulo o aplicativo de transporte individual da prefeitura. O mobizapSP vai repassar para os motoristas cadastrados cerca de 89% do valor da corrida, com um valor fixo de taxa para o aplicativo.
Além disso, diferentemente das empresas que oferecem o serviço, não haverá a cobrança de tarifa dinâmica em horários de pico, o que mantém o valor padrão pago pelos passageiros.
“Ele não vai ter tarifa dinâmica, ou seja, a tarifa que ele paga para sair em um horário fora do pico vai ser similar à hora do pico. Ele calcula a tarifação com a distância que ele vai correr e o tempo real”, afirma Thiago Hilalgo, diretor do Consórcio 3C, contratado pela prefeitura para implementar o aplicativo na capital.
Ainda segundo Thiago, cerca de 280 motoristas que tentaram se inscrever no aplicativo foram barrados por conta dos protocolos de segurança da plataforma.
Suspeitas de irregularidade em licitação
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está analisando um pedido de investigação sobre o processo de licitação relacionado ao desenvolvimento do mobizapSP.
O requerimento feito pelo vereador Toninho Vespoli (PSOL) foi protocolado em 17 de março na Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social.
No documento, o parlamentar argumenta o seguinte:
O processo de licitação, incluindo o edital de convocação para concorrência, está todo em “sigilo”, classificado como “restrito”;
Não houve concorrência na licitação;
O Consórcio 3C, único participante e vencedor do processo, foi criado pouco tempo antes de vencer o processo (abertura de empresa no dia 31/08 e resultado publicado no Diário Oficial em 07/09);
As empresas que compõem o Consórcio 3C seriam suspeitas de envolvimento em desvios de recursos públicos em contratos no setor de transportes.
Segundo o diretor da empresa, as investigações por desvios de verba pública na área do transporte e lavagem de dinheiro sobre o Consórcio 3C, responsável pelo aplicativo, foram arquivadas.
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