Tem circulado pelos grupos de WhatsApp um vídeo em que um homem afirma que a Prefeitura de São Paulo contratou uma empresa terceirizada para colocar radares em pontos indiscriminados da cidade e multar motoristas durante a madrugada. Trata-se de um boato.
A Prefeitura de São Paulo diz que radares móveis não são utilizados desde maio de 2017. No Painel da Mobilidade, é possível verificar todas as infrações aplicadas na cidade e o local de todos os radares. Não há mais autuações eletrônicas realizadas em pontos móveis.
O G1 checou uma lista dos radares móveis antes em operação (eram cerca de 80 pontos) e não verificou nenhuma infração recente nos locais.
Em nota, a Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes classifica o vídeo como boato.
No vídeo que circula pelas redes sociais chama atenção o fato de o homem citar que a próxima ação que ia ser executada ia ser no Rodoanel Mário Covas, que não é fiscalizado pela CET. A fiscalização na via fica a cargo do governo de São Paulo.
Além disso, de acordo com a Prefeitura de SP, nas imagens é possível verificar a existência de um flash, o que comprova que o vídeo é falso, já que os radares atuais não utilizam mais tal tecnologia.
No caso específico do vídeo viral, outro fator que denota a falsidade é que o flash é disparado com os veículos em diferentes pontos da via (e com intensidade variada). Em alguns casos, é possível ver que a velocidade de um carro “multado” é mais baixa que outros que passam logo depois, em velocidade superior.
Segundo a nota oficial da Prefeitura, os radares em operação na cidade são equipamentos fixos que se encontram devidamente sinalizados, de acordo com o estabelecido pelas normas gerais de trânsito. “Para melhorar a informação aos usuários, sem deixar de realizar a fiscalização, a gestão municipal desenvolve um trabalho permanente de melhorias na sinalização junto aos radares que mais registram autuações na cidade. O objetivo é reforçar a sinalização e informar o motorista sobre as regras de trânsito, além de reduzir o número de infrações”, diz.
O número de penalidades aplicadas em São Paulo caiu 34% de 2016 para 2017 – de 15.504.398 para 10.194.785.
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