Depois de quase quatro meses fechadas, as academias da cidade de São Paulo reabriram nesta segunda-feira (13), com movimento fraco. Além da permissão de funcionamento limitar o número de alunos, muitas pessoas relatam ainda ter medo de voltar a frequentar o ambiente e sentem desconforto com o uso da máscara durante a atividade física.
As regras são bem rígidas. Não pode malhar em grupo, tem de usar máscara para treinar e só com hora marcada. Além disso, os espaços não podem funcionar o dia todo.
A pandemia atingiu em cheio a academia de Paulo Duwel, na Zona Sul da capital.
“Academia pequena, né? Nós pequenos empresários já pagamos com dificuldade nossas contas. Como não houve negociação com o proprietário eu tive que procurar um imóvel mais em conta aqui no bairro mesmo para poder manter a minha atividade”, afirma.
Paulo estava ansioso para a reabertura, apesar da rigidez dos protocolos. Na academia dele, algumas esteiras foram desativadas para manter o distanciamento social.
“Senti mais entusiasmo do que medo. Uns falaram que vão esperar mais um pouco, geralmente quem mora com os avós ou com os pais. A maioria ficou bem receptiva, marcaram horário, estão contentes por ter reaberto a academia”, afirma.
As academias precisam seguir uma série de regras para reabrir. Mesmo assim, pessoas do grupo de risco como idosos e pessoas com problemas de saúde ainda não devem frequentar academias.
Regras para academias:
Só podem funcionar com 30% da capacidade;
Período máximo de funcionamento de 6 horas por dia;
São permitidas aulas individuais. Atividades em grupo permanecem suspensas;
A entrada deve ser feita com agendamento prévio;
Não será permitido o uso de chuveiros;
Uso obrigatório de máscara de proteção;
Equipamentos devem ser limpos ao menos 3 vezes ao dia.
O personal trainer Fabiano Melo precisou ser criativo para manter os alunos durante a pandemia. No começo de abril ele até mostrou ao vivo no SP1 como se exercitar em casa.
A solução que ele encontrou foi dar aulas online e adaptar as aulas para quem não tem equipamentos.
“Diferente da aula na academia que você tem toda a aparelhagem à sua disposição, você dá aula online que às vezes o cliente não tem nenhum equipamento…. Alguns compraram com a minha orientação, mas alguns não porque não conseguiram. Eu adaptei o treino com o próprio corpo. Porque o nosso corpo é capaz de fazer muitos exercícios”, afirma.
Muitos alunos gostaram tanto das aulas pela internet, que vão até continuar, pelo menos por enquanto.
“50% deles ainda estão inseguros para fazer aula presencialmente, 25% mais ou menos já vão voltar para a academia e os outros 25% vão voltar a fazer aula na academia do condomínio”, afirma.
O que não muda, seja na academia do bairro ou do condomínio, é a necessidade do uso da máscara.
“Hoje é o primeiro dia da retomada. Estou sentindo um pouco de diferença mesmo na respiração, faz um pouco de diferença. Mas a gente se adapta em prol da saúde”, diz o aluno Pietro Rosa Faria.
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