Vereadores não entram em acordo para votação de Repúdio pela morte de Marielle Franco
Líderes da Casa esperam que as investigações sejam apuradas
21 de março de 2018
(Foto: Assessoria de imprensa da CMTS - Leandro Barrera)

Após decreto de luto oficial por três dias pelo assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL), os vereadores da Câmara de Taboão da Serra usaram a tribuna para debater sobre o ocorrido que tirou a vida da parlamentar carioca e de seu motorista Anderson Pedro Gomes, no último dia 14 de março. A sessão legislativa foi realizada na manhã desta terça-feira (21).

Para o vereador Ronaldo Onishi (SD), a vereadora Marielle Franco foi vítima de execução. Ele solicitou a criação de uma nota de Pesar e Repúdio pela morte de Marielle. Sem acordo entre os líderes da Casa, o pedido não foi posto em votação.”Não chegamos por um entendimento. Vamos discutir melhor, com maior tranquilidade e com mais informações”, justificou Onishi.

A vereadora e presidente da Câmara, Joice Silva (PTB), se manifestou contra a violência sofrida pelas mulheres, abordando casos de feminicidios que aconteceram recentemente em Taboão da Serra. “Taboão da Serra vem sofrendo diariamente com casos de feminicidio. Semana passada acordamos com as informações de um homem (policial) que matou sua esposa e atirou em sua filha. Dias atrás vi o corpo de uma mulher em chamas e isso nunca será apagado da minha mente. Semana passada, essa vereadora morreu. Eu me manifestei não pelos direitos humanos, até poque não compactuo com um monte [sic] de coisas que ela (Marielle Franco) defendia. Eu defendo a polícia, a justiça e a punição, mas antes de tudo temos que defender a vida. Vou defender a mulher até o último dia da minha vida. Estamos aqui para fazer políticas públicas e vamos nos unir e não nos dividir. Mais amor, por favor”, falou a vereadora.

O assunto foi repercutido pelos parlamentares. A vereadora Érica Franquini (PSDB) salientou: “Estou indignada com a morte dessa parlamentar e de todas as mulheres de Taboão da Serra”. Já a vereadora Priscila Sampaio (PRB) fez uma oração “a favor das mulheres que vem se tornando vítimas de violência”. Durante o ato de fé, os vereadores ficaram de mãos dadas.

“isso não dói na pele, mas no coração. Todos os dias, mulheres vem sendo mortas. Não estamos aqui defendendo ela por ser parlamentar, não, mas por ela ser mulher. Pedimos a Deus para que Ele possa proteger nossas mulheres”, enfatizou Priscila Sampaio.

Para o vereador Cido da Yafarma (DEM), “não podemos aceitar a intolerância e o ódio. Temos que nos indignar, sim, pois vivemos em um país democrático de direito e não podemos deixar que o ódio prevaleça, que seja nas redes sociais ou no dia-a -dia, no nosso entorno.”

O vereador Marcos Paulo (PPS) destacou que “o sentimento é que realmente há uma guerra civil. O pior é que não conseguimos ver políticas públicas sérias para poupar vidas.”

Crédito: Rodrigo Lopes
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