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Passageira denuncia motorista de aplicativo por estupro em Taboão da Serra

Uma mulher de 51 anos denuncia um motorista da Uber por estupro. Ela voltava para casa na semana passada, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, depois de ter ido a uma festa de família.

A vítima contou à TV Globo que havia consumido bebida alcóolica e, na volta para casa, um sobrinho solicitou uma corrida, que fez junto com a namorada e a tia, que preferiu não se identificar. Os dois desceram antes dela.

Segundo o relato, o motorista encerrou a corrida no aplicativo sem ter chegado ao destino e levou a mulher para um motel na Zona Sul da capital.

O sobrinho tentou entrar em contato com a vítima ao perceber que a corrida havia sido finalizada antes do destino, mas o celular dela estava descarregado.

“Eu não lembro o tempo que eu fiquei dentro do carro dele. Eu não lembro o que ele fez, o que ele me deu, o que aconteceu… Ele pediu o meu cartão [de aproximação], eu dei. Lá dentro, a única coisa que eu sei, o que aconteceu, foi que ele me acordou. Eu olhei, vi que a cama estava sem lençol, achei muito estranho aquilo”, relatou a vítima.

O motorista deixou a mulher próximo à casa dela e só depois de sentir muitas dores, quando o dia já estava amanhecendo, ela percebeu que tinha sido violentada.

“Ele me trouxe, me deixou aqui em casa. Por onde ele veio, eu também não sei. Eu sei que ele chegou aqui, parou na frente, não parou nem aqui, parou lá na frente, abriu a porta, e eu desci. Quando eu abri a porta para entrar, meu filho falou: ‘Mãe, você estava onde?’. Eu: ‘´R, não sei…’. Ele falou que eu não falava nada com nada. Eu fui direto para a cama. Quando foi 5 horas da manhã, eu estava com dor, aí eu fui tomar um banho e então vi o estrago feito em mim.”

Após prestar queixa em uma delegacia em Taboão da Serra, a vítima foi encaminhada para o Hospital da Mulher, no Centro de São Paulo. A denúncia no aplicativo da Uber foi feita no mesmo dia do ocorrido.

Em nota, a Uber informou que a conta do motorista já foi desativada, que a vítima terá direito a suporte psicológico e que a empresa está à disposição das autoridades para colaborar com a investigação, além de repudiar qualquer comportamento abusivo contra mulheres. A empresa afirmou também que checa antecedentes criminais dos motoristas cadastrados.

Questionada pela TV Globo, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo respondeu que “o caso é investigado, sob sigilo, por meio de inquérito policial instaurado pelo 37º Distrito Policial (Campo Limpo). A equipe da unidade já ouviu testemunhas e analisou imagens de câmeras de monitoramento. Um suspeito foi identificado e seu depoimento foi coletado. A vítima também já foi ouvida duas vezes sobre os fatos. As diligências prosseguem visando ao esclarecimento da ocorrência”.

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