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Ney Santos privilegia apenas seus seguranças, realiza viagem pessoal e não atende comissão da GCM

O prefeito Ney Santos encaminhou para a Câmara Municipal de Embu das Artes, um projeto que valoriza cerca de 10 guardas que exercem a função de segurança das autoridades e prejudica a evolução de carreira dos demais guardas municipais. O projeto foi aprovado pelos vereadores. Após manifestação dos agentes, o prefeito realiza viagem pessoal e não recebe comissão para discutir com a classe.

Os guardas municipais de Embu das Artes foram surpreendidos com um projeto de lei, que prevê evolução de carreira ao cargo máximo da corporação de cerca de dez guardas, que atuam na segurança das autoridades. “Essa lei que eles criaram acaba com nosso plano de carreira e beneficia os guardas que são seguranças do prefeito, vice-prefeito, chefe de gabinete e presidente da Câmara e dessa forma nunca subiremos de cargo na carreira”, falou um guarda.

O Primeiro Notícias foi procurado por um guarda, que demonstrou insatisfação com a aprovação do projeto e o silêncio do prefeito Ney Santos, que tem até esta terça-feira, dia 20/12, para discutir com a comissão e vetar o projeto. No entanto, desde a última quinta-feira, dia 15/12, o prefeito está em uma viagem particular, amplamente divulgada nas redes sociais. Curiosamente os guardas de segurança estão acompanhando o prefeito na viagem, que é um Cruzeiro do cantor Gusttavo Lima e convidados.

“O prefeito de Embu das Artes que viajou para um cruzeiro levando seus amiguinhos segurança que são GCM e deixou toda uma corporação sem uma resposta, estamos aguardando ele marcar uma reunião com uma comissão da GCM onde iríamos mostrar pra ele que votando uma lei que enviaram pra Câmara Municipal onde Benfica exclusivamente seus seguranças que isso prejudica toda a corporação pois acaba com o plano de carreira. Estivemos na quarta-feira passada na câmara municipal onde o presidente da Câmara reconheceu que votaram no projeto de lei sem ler o que é um absurdo. E recebemos uma informação extraoficial de ele já assinou essa lei que é uma atrocidade”, relatou.

O guarda ainda contou ao Primeiro Notícias, que foram ameaçados de represália pelo então secretário de Segurança Pública, Gustavo do Ranho e silenciou diante da proposta de beneficio de apenas um grupo da corporação. “E pedimos ao nosso secretário que também não gosta de nós, inclusive nos ameaçou de represália se fossemos a câmara municipal para marcar uma reunião com o prefeito e estamos aguardando”, disse. O secretário de segurança foi fotografado na manhã desta terça, no gabinete do prefeito com o chefe de gabinete, Marco Roberto – porém questionados, os GCMs afirmam que continuam sem respostas.

Em conversa com outro guarda, ele explicou a delicadeza do momento que a GCM de Embu das Artes vive com esse projeto. “CD é o nosso posto máximo. A diferença de um CD para um 3ª classe estamos falando ai de mais de R$ 5 mil reais. E é o posto máximo que você atinge para aposentar, então normalmente um guarda de carreira ele não fica mais de cinco anos na posição de CD, e para chegar ele precisa trabalhar pelo menos 20 anos, ter um bom comportamento exemplar, fazendo os cursos”, explicou. CD significa classe distinta, que é a posição máxima dentro da corporação. O projeto de lei complementar 20/2022, prevê “Art. 6° A – O Guarda Civil Municipal designado para o grupo de escolta e proteção de autoridades e dignitários – GEAD – será enquadrado automaticamente na Classe Distinta, grau A, se a ela já não pertencer, depois de cumpridas tais funções por mais de 2 (dois) anos ininterruptos com pelos menos 8 (oito) anos no cargo efetivo”, consta no PLC.

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