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Médicos de Embu das Artes estão sem receber e cogitam paralisar atendimento

A demora no atendimento nas unidades de pronto atendimento tem sido muito comentada, inclusive por vereadores da base do atual governo, no entanto, a saúde enfrenta outro problema que é a falta de pagamento para os médicos, que também reclamam de péssimas condições de trabalho ofertadas em Embu das Artes. Com os atrasos, os médicos cogitam até mesmo uma paralisação nos próximos dias.

O Jornal Primeiro Notícias recebeu inúmeras denúncias, e escutou os médicos que estão há 30 dias com salários atrasados, outros ainda tem pagamentos pendentes a mais tempo. Com a troca da empresa que coordena os serviços de urgência e emergência, ou seja, Pronto Socorro Central e UPA Santo Eduardo, a situação continua a mesma.

Um médico questionou a abertura de um novo pronto socorro na cidade, sem o respaldo necessário para as unidades já em funcionamento. “Estamos com nossas contas atrasadas ..temos compromissos .. estão abrindo outro hospital em Embu das artes ..não honram seus compromissos conosco”, disse. Ele cita o Pronto Socorro do Jardim Vazame, que será reaberto no próximo sábado, dia 10, que deixa de ser Hospital Leito e passa a ser Complexo de Saúde Aurelino Santos.

Muitos médicos relataram que as condições de trabalho são precárias na cidade, dentre elas a geladeira que fica dentro do banheiro. “Seguinte, tentando resumir tudo. A um ano atrás tomamos um calote, meu prejuízo nessa época foi de quase 10.000 reais, que mesmo na justiça até hoje não foi pago. Depois dessa empresa já passaram mais duas, nesse período nos trocaram de conforto médico para um quarto onde a geladeira fica em um banheiro, o ar condicionado não funciona e não tem nem tampa de privada pros médicos fazerem suas necessidades. De agosto para setembro mudaram mais uma vez a empresa sem avisar nada aos médicos, e agora estamos em setembro aguardando pagamento do mês trabalhado em julho”, contou ao Primeiro Notícias.

Com relação ao atendimento, um médico alertou a reportagem que um dos motivos seria a redução do quadro de médicos e com a grande demanda mesmo com profissionais sobrecarregados, não é possível ter um rápido atendimento. “Acho importante ressaltar que entrou uma nova empresa. Cortou número de plantonista , levando a sobrecarga do sistema , além de tudo diminuíram o valor do plantão. Não satisfeito agora não pagam tbm”, contou outro médico.

Questionado, o prefeito Ney Santos respondeu a um médico que esteve fora da prefeitura nos últimos 20 dias, mas deve tomar conhecimento da situação e dar um retorno. Já a secretária de Saúde, Thais Miana respondeu que os pagamentos foram feitos para a OS. “A mãos amigas quem deveria ter quitado os valores. E não fez. Recebeu, e não fez. A PJ médica ficou esperando pagamento da mãos amigas e, como vários fornecedores, também não recebeu. Agora estamos nos organizando para pagar de forma direta. Mas a prefeitura tem inúmeras burocracias legais e financeiras a cumprir. Temos expectativa que até a próxima esteja quitado”, falou.

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