Um ato histórico marcou a vida dos familiares, amigos e colegas do senhor Denivaldo Jesus de Matos. Em manifestação pacífica realizada na tarde da última segunda-feira, dia 4, em frente ao prédio do Tribunal Federal de Justiça da 3º Região, além do fechamento da Avenida Paulista por 10 minutos pedindo a liberdade do funcionário dos Correios preso injustamente, a notícia de uma nova audiência aliviou os manifestantes.
Depois de duas horas de protestos na calçada do prédio público, o advogado Diego Costa do Nascimento que havia adentrado ao Tribunal para conversar com autoridades judiciárias, entre desembargadores e juízes, informou ao público presente que o pedido de antecipação da audiência de Denivaldo Jesus de Matos foi acatado. Segundo o advogado de defesa, a manifestação surtiu efeito positivo, fazendo com que a data da próxima audiência fosse realizada antes do recesso judiciário, que se inicia no dia 20 de dezembro com término em 6 de janeiro de 2018, previsto na Lei Federal nº 5.010/66, artigo 62, inciso I.
A audiência de Denivaldo acontece na próxima terça-feira, dia 12 de dezembro. Todos os sensibilizados pela causa estão na expectativa da soltura de Denivaldo ainda este ano.
Sobre o caso
O senhor Denivaldo Jesus de Matos, de 42 anos, está preso desde o dia 24 de outubro por ter sido acusado pelo Juízo da 2º Vara Federal de Osasco/SP de chefiar e simular crimes de roubo em participação com os menores infratores no assalto ocorrido no dia 16 de junho de 2017, quando dirigia o carro de encomendas dos Correios e foi surpreendido por dois adolescentes. Em depoimento prestado, os menores apontaram Denivaldo como cúmplice do crime, acusação essa acatada pela Justiça. Familiares, amigos, colegas de trabalho e vereadores de Embu das Artes afirmam que Denivaldo Jesus de Matos é inocente, sendo preso injustamente.
Funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos há mais de 20 anos, Denivaldo foi convocado para prestar esclarecimento em audiência no dia 24 de outubro. Os assaltantes (co-reu) V.A.R. e K.J.T. cometeram o crime e ainda depuseram contra Denivaldo, acusado por peculato como membro de organização criminosa e falso testemunho.