O 6º Congresso do PSOL-SP aconteceu no último final de semana e reelegeu o atual presidente estadual do partido, Juninho, para mais dois anos a frente do PSOL no estado de São Paulo. Os quase 500 delegados eleitos em mais de 150 plenárias que aconteceram espalhadas em 89 cidades paulistas escolheram majoritariamente a permanência do jornalista, militante do movimento negro e morador de Embu das Artes para seguir representando o partido no estado.
“Estou muito animado para continuar representando nosso partido diante dos desafios das lutas contra os retrocessos, ampliação do nosso trabalho no interior, região metropolitana e capital e organizar a disputa eleitoral do próximo ano, onde não tenho dúvida que sairemos maiores”, disse Juninho.
Juninho foi eleito presidente pela primeira vez em 2015, terminando agora um mandato marcado pela ampliação das bases partidárias, pela organização da política através do interior do estado e pela democratização dos instrumentos partidários de comunicação. Com o resultado da eleição neste domingo, o PSOL-SP terá, por mais dois anos, um presidente negro e jovem, um ativista antirracista num estado que tem um grande índice de violência contra jovens e negros.
A Quadra dos Bancários, na região central da capital paulista, acolheu, durante os dias 4 e 5 de novembro, intensos debates sobre a situação atual do partido, seus próximos desafios e a situação política atual do país. Foram aprovadas resoluções sobre conjuntura, tática eleitoral, balanço e organização partidária e articulação de uma frente de massas, que serão divulgadas nos próximos dias. Diversas moções também foram aprovadas sobre temas caros à militância do partido, como por exemplo a redução da maioridade penal.
A delegação paulista que representará as teses apresentadas durante o congresso na sua etapa nacional, também foi eleita neste final de semana. Serão 63 delegados do estado de São Paulo no 6º Congresso Nacional do PSOL que acontecerá entre os dias 2 e 3 em Luziânia (GO), próximo ao Distrito Federal.
Foi aprovada também, de forma unânime, a indicação da professora Lisete Arelaro como pré-candidata à disputa do governo do estado de São Paulo nas eleições de 2018. Militante desde a ditadura civil/militar, Lisete também é feminista e defensora das cotas raciais na Universidade de São Paulo. Na década de 90, Arelaro integrou a equipe de Paulo Freire na Secretaria de Educação da Prefeitura de São Paulo durante o governo de Luiza Erundina.
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