Depois de seis meses parados, os artesãos de Embu das Artes puderam voltar a expor e vender seus trabalhos na praça central da cidade. As feirinhas de artesanato continuam proibidas, mas os vereadores mudaram a legislação para que os expositores retomassem o trabalho como comerciantes — já que o comércio está liberado.
É necessário seguir uma série de protocolos. O distanciamento mínimo exigido é de 1,5 metro entre as barracas. Todas têm que ter placa orientando sobre o uso obrigatório da máscara e é necessário disponibilizar álcool em gel para os clientes.
A retomada das barracas de artesanato na Praça da Matriz está sendo gradual. Dos cerca de 480 expositores que tem autorização para vender seus produtos, 230 foram autorizados a voltar.
E esse grupo foi dividido em dois: metade no sábado e a outra metade, no domingo. E na semana seguinte, eles revezam, para garantir que todo mundo tenha espaço suficiente para trabalhar com segurança.
O artesão Pedro Martins de Souza ganha a vida criando brinquedos que expõe na feira. Durante a pandemia ele inventou cinco modelos novos. Mas com a feira suspensa, não vendeu quase nada pela internet.
“Não vendi concretamente nada. Mandava, a pessoa analisava, ‘Olha quando melhorar eu volto a entrar em contato’, mas vender mesmo… Eu fiquei dependendo do auxílio emergencial”, conta ele.
Para o artesão Miguel Bendito Alves, que leva só cinco minutos para pintar os pratos que vendem, os seis meses parados foram de muito sacrifício.
Agora, de volta, ele diz que recarregou as baterias de esperança.
“Está devagar ainda pra gente porque estamos caminhando, porém bem gratificante, bem alegre, bem feliz, confiante que venha a voltar como era antes. Então já é um passo graças a Deus estamos aí a feira retornou e estamos aguardando as pessoas, estamos aí!”
