A Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes da gestão Bruno Covas na capital paulista não deve possibilitar o retorno das linhas metropolitanas gerenciadas pela EMTU que foram extintas por ordem da pasta hoje comandada pela secretária Elisabete França.
Nesta quarta-feira, 05 de agosto de 2020, o DTP – Departamento de Transportes Públicos, que é vinculado à pasta, publicou oficialmente negativa ao pedido de reconsideração da EMTU – Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos para reativar a linha 282TRO Juquitiba (Terminal Rodoviário Metropolitano de Juquitiba)-São Paulo (Metrô Morumbi) via São Lourenço da Serra, operada pelo Consorcio Intervias.
O pedido foi negado mesmo com a proposta da gestora estadual de fazer um novo trajeto dentro da cidade de São Paulo.
A linha 282 faz parte de um pacote de ao menos 12 cancelamentos de linhas metropolitanas que ocorreram a partir de 26 de maio de 2020, gerando polêmica e descontentamento entre os passageiros que, por causa da medida da prefeitura de São Paulo, dizem que são obrigados a usar mais de uma condução sem integração, já que os ônibus municipais do sistema SPTrans na capital paulista não aceitam o Cartão BOM (metropolitano) e não permitem desconto tarifário para quem sai dos coletivos da EMTU e precisa prosseguir a viagem nos ônibus paulistanos.
Como mostrou o Diário do Transporte, antes mesmo do cancelamento, a linha 282 já tinha sido reduzida em abril de 2020, se sobrepondo menos às linhas municipais. O itinerário que ia até o Terminal Rodoviário Tietê passou a se encerrar na Estação São Paulo-Morumbi da Linha 4 Amarela do Metrô.
MP – Ministério Público, Alesp – Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, consórcios de prefeitos das regiões afetadas pelas decisões da equipe de Bruno Covas e abaixo-assinados virtuais tratam da questão.
A justificativa da prefeitura de São Paulo é que as linhas metropolitanas causam concorrência com as municipais.
Com este argumento, a gestão municipal negou a criação de atendimentos de linhas da EMTU que ligariam a cidade de Santana de Parnaíba (Centro Empresarial Tamboré) à estação Paraíso do Metrô, na capital paulista; e o município de Santana de Parnaíba (Residencial Valville) à região da Lapa, na zona Oeste da cidade de São Paulo, como mostrou o Diário do Transporte o último sábado, 01º de agosto de 2020.
LINHAS QUE DEIXARAM DE OPERAR
De Taboão da Serra:
– 029 Taboão da Serra (Jardim Monte Alegre) – São Paulo (Pinheiros)
De Ferraz de Vasconcelos:
– 460 Ferraz de Vasconcelos (Vila São Paulo) – São Paulo (Parque Artur Alvim)
De Guarulhos:
– 344 Guarulhos (Parque Alvorada) – São Paulo (Metrô Penha)
– 016 Guarulhos (Terminal Urbano Guarulhos) São Paulo (Metrô Armênia)
– 575 Guarulhos (Terminal Urbano) – São Paulo (Metrô Armênia
– 577 Guarulhos (Jardim Ipanema) – São Paulo (Metrô Armênia)
– 595 Guarulhos (Terminal Metropolitano Taboão) – São Paulo (Metrô Brás)
De Poá:
– 026 Poá (Term. Rod. Jd. São José) – São Paulo (São Miguel Paulista)
– 205 Poá (Terminal Rodoviário Pedro Fava Cidade Kemel) / São Paulo (Pq. D. Pedro II)
– 328 Poá (Term. Rod. Jd. São José) – São Paulo (São Mateus)
De Embu-Guaçu
– 009 Embu-Guaçu (Vila Louro) – São Paulo (Santo Amaro)
De Juquitiba:
– 282 Juquitiba (Terminal Rodoviário Metropolitano) São Paulo (Metrô Morumbi)
LINHAS COM O ITINERÁRIO REDUZIDO:
– 044TRO – São Paulo (Jardim Castelo) – Diadema (centro): A decisão exclui o percurso da referida linha na capital
– 377 Poá (Jd. Nova Poá) – São Paulo (Parque Artur Alvim), passou a ir apenas até á Estação Antonio Gianetti Neto da CPTM, em Ferraz de Vasconcelos.
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