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Eleição da presidência da Câmara de Taboão têm proposta financeira milionária

A eleição da mesa diretora biênio 2019-2020 da Câmara de Taboão da Serra, promete ser muito movimentada, isso porque o prefeito de Embu das Artes declarou que seu projeto político é eleger o próximo presidente no Legislativo de Taboão. Com isso de acordo com informações, alguns vereadores que compõem a base do governo teriam sofrido investidas para votar junto com o grupo intitulado BIH (Bloco Independente e Harmônico), até mesmo com propostas financeiras.

“Escuta bem o que tô falando. Desse projeto vai sair uma deputada federal. Pode escrever o que eu tô falando. Desse projeto, vai sair uma deputada federal. Desse projeto é que vai sair o presidente da Câmara de Taboão da Serra, para o próximo mandato, e o mais importante: é desse projeto que vai sair o próximo prefeito de Taboão da Serra”, afirmou o prefeito Ney Santos durante a inauguração do comitê político de Ely Santos, em agosto.

Quase três meses da sua declaração, nos bastidores da política continua a movimentação para cativar o voto que decidirá a presidência a favor do BIH. O Jornal Primeiro Notícias entrou em contato com os vereadores da base do governo, a fim de entender a posição de cada vereador a respeito da influência e interferência externa com proposta financeira altíssima. Não se pode afirmar quem faria o pagamento, mas nos bastidores é falado que as propostas recebidas são entre R$ 500 mil a R$ 1 milhão de reais, pelo voto, ou seja, o vereador que trocar de lado saíra milionário.

“Eu acho um absurdo uma situação como essa de votar por dinheiro. Não é nem um pouco republicano, se sujeitar a tal situação. Eu jamais teria uma atitude como essa. Sobre o prefeito Ney Santos, as questões políticas da nossa cidade, quem deve resolver somos nos. Não vejo sentido de um prefeito de outra cidade interferir nessas questões”, afirmou o vereador Ronaldo Onishi.
Já o vereador Marcos Paulo, o Paulinho classificou como “boataria para manchar o pleito”. Segundo o vereador não é uma postura aceitável. “Não acredito que isso aconteça, mas repúdio qualquer postura como essa. Ele falou isso [de eleger o próximo presidente] dentro de um discurso do projeto político que alguns vereadores aqui de Taboão fazem parte, mas não acredito que leve adiante”, declarou Marcos Paulo.

Conhecido pelo seu jeito quieto, mas com postura firme trilhando os caminhos do pai, o vereador Jonathan Noventa, o vereador mais novo da Casa foi incisivo em sua lealdade ao G7, grupo de base do prefeito Fernando Fernandes. “Alguns vereadores têm sido sondados para fazer parte, mas vou me manter dentro do grupo que estou. Não cheguei a conversar. Questionado com relação ao prefeito Ney Santos. “Não tenho nada contra o prefeito Ney Santos, mas politicamente não vejo com bons olhos essa influência. Ele deveria respeitar as forças políticas em nossa cidade, porque trouxe um mal-estar para dentro do parlamento”, falou.

A vereadora Rita de Cássia, única do PSDB que compõe o grupo do prefeito Fernando Fernandes negou a questão de proposta financeira. “Eu não posso confirmar uma coisa dessa. A gente tem nosso grupo, mas não tem nada formalizado. Eu não fico em cima de grupo nenhum, estou com Fernando Fernandes. Na minha opinião, o Ney Santos desrespeitou o prefeito de Taboão da Serra com essa declaração. Ele na verdade está querendo realizar um sonho do vereador Eduardo Nóbrega, mas se bater muito forte aqui vai estar magoando muito gente que apostou nele como prefeito”, frisou.

Os vereadores Cido da Yafarma, Priscila Sampaio e Joice Silva, não foram localizados até o fechamento e publicação desta matéria.

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