A Prefeitura de Embu das Artes está em atraso com os agentes comunitários de Saúde do CEJAM, de acordo com informações cerca de 120 funcionários receberam apenas 60% do salário neste mês de novembro. O presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo – SINDACS, Rodrigo Rodrigues afirmou que o problema é frequente, só neste ano ocorreu quatro atrasos.
Rodrigues destacou que tem dialogado com a Secretaria de Saúde, que prometeu o restante do pagamento assim como os benefícios na segunda-feira, dia 12, no entanto, o mesmo não ocorreu – vale destacar que o pagamento deveria ter ocorrido no 5º dia útil. O próximo passo será a abertura da ação judicial, que traz muitos prejuízos para administração como a aplicação de multas.
“A gente vinha negociando com a Secretaria de Saúde para que não houvesse atraso no salário e benefícios dos agentes comunitários, até por ser o menor dos salários da administração e pela qual também tem o custeio federal, de uma parte desse recurso. O problema é muito sério, a gente entra com ação na Justiça e isso gera um dano muito grande. Só neste ano tivemos quatro atrasos”, declarou o presidente Rodrigo Rodrigues.
Questionado com relação a intenção de greve, Rodrigues declarou que há essa possibilidade. “A promessa era de pagamento hoje (12), não aconteceu, amanhã eu vou e dar o prazo de 48 horas, se isso não acontecer acionamos o Ministério Público e do Trabalho assim chamamos a Assembleia para o aviso de greve. Infelizmente a Legislação não permite que façamos muita coisa de forma rápida. Hoje já considero o atraso. Eles adiantaram uma parte do salário, mas não teve a suplementar”. Durante o período eleitoral o pagamento foi feito em dia.
O Jornal Primeiro Notícias entrou em contato com algumas agentes comunitárias de saúde, as ACSs, que confirmaram o atraso relatando que receberam com atraso apenas uma parte do salário e o mesmo só ocorreu após uma Assembleia do Sindicato com o Secretário Tarifa. Falaram que já faz mais de um ano o descaso com a categoria.
Procurada, a Secretaria de Saúde não comentou o caso.