Corpo de estudante assassinado em Paraisópolis é enterrado em Embu
Mateus Gomes, de 17 anos, foi à comunidade na tarde do sábado (14) para um jogo de futebol. Segundo testemunhas, ele foi levado por homens encapuzados e encontrado morto no domingo (15).
17 de março de 2020
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O corpo do estudante Mateus Gomes, de 17 anos, assassinado no último domingo (15) em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, foi enterrado na manhã desta segunda-feira no Cemitério Jardim da Paz, em Embu das Artes. A cerimônia foi marcada por homenagens de parentes e amigos.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública, ele foi encontrado morto, às 7h de domingo (15), na Rua Coronel Francisco de Oliveira Simões, Vila Andrade, Zona Oeste da cidade. Ele foi morto após sequestrado na noite de sábado (14).

O irmão da vítima, um analista, de 27 anos, compareceu à delegacia na madrugada de domingo informando que o rapaz havia sido visto pela última vez em um local conhecido como “Baile do Bega”, em Paraisópolis.

O estudante concluiu o Ensino Médio no Colégio Visconde de Porto Seguro e começaria a cursar administração na Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Ele trabalhou como jovem aprendiz numa grande empresa de papel e tinha também negócio próprio. Revendia camisas de times e tênis importados, empreendimento que divulgada em suas redes sociais.

No sábado ele saiu do Jardim Irene, onde mora com a mãe e uma tia, e foi à comunidade Paraisópolis, onde alguns amigos dele do Colégio Porto Seguro moravam.

Os familiares acreditam que ele foi até lá para assistir a um jogo, já que evitava jogar por ter extraído um dente recentemente. Lá ele teria comido um pastel com um amigo.

Sumiu após ser colocado dentro de um carro Sedan branco por dois homens.

“A gente só quer entender o que aconteceu. Ele era trabalhador e estudioso. Não faz sentido uma maldade dessas”, disse Maria Estelita, tia da vítima.

Amigos relataram ao G1 que Mateus era um menino trabalhador, estudioso e estão muito abalados com o crime.

“Ele não devia nada, não tinha nenhuma briga. (…) Todo mundo sabe quem é o Mateus. Moleque que acreditava no sonho. Ele trampava [trabalhava] cedo, saída do Capão, depois ia para o Mackenzie, ainda vendia camisa em casa para ganhar mais uma renda para a família”. “A gente não pode deixar que a vida seja tratada dessa maneira”, disse um dos amigos de Mateus ao G1 por telefone.

O caso foi registrado pelo 89º DP e é investigado por meio de inquérito policial pelo DHPP. A Rede de Proteção Contra o Genocídio acompanha as investigações.

Crédito: G1
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