Em assembleia realizada na tarde desta segunda-feira, dia 03, no Parque Francisco Rizzo em Embu das Artes, o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo – SINDACS, Rodrigo Rodrigues juntamente com o secretário de Saúde, José Alberto Tarifa afirmaram que a Prefeitura de Embu das Artes garante o pagamento dos benefícios amanhã, dia 04, assim como o pagamento do 13° salário integral até dia 07 de dezembro. Caso não seja cumprido, as agentes entraram em greve afetando o atendimento familiar do município.
A situação tem se arrastado durante os meses, as funcionárias que são contratadas pelo CEJAM, alegam que a empresa tem feito os pagamentos parcelados em até três vezes, prejudicando assim a vida de mais de 120 funcionárias, além do atraso dos benefícios sendo eles Vale Alimentação e Vale Refeição. A desmotivação ficou nítida durante a reunião, uma funcionária – que nãos era identificada, afirmou que toda essa situação a deixou doente. “Eu amo meu trabalho e minha profissão, mas toda essa incerteza me fez entrar em depressão. Como compra remédios sem dinheiro?”, falou.
Em nota, o CEJAM afirma, “Informamos que os agentes comunitários de Saúde do município de Embu das Artes, sob gestão do CEJAM, já receberam os pagamentos relativos às férias, vale-refeição e vale-alimentação. As tratativas com a Prefeitura continuam para quitação dos demais pagamentos o quanto antes”. Questionados quanto ao valor não estar nas contas, a assessoria completou, “…o valor foi depositado hoje e pode levar até dois dias úteis para aparecer na conta”.
Do outro lado está a Prefeitura de Embu das Artes, que afirma ter feito o pagamento para empresa CEJAM, na sexta-feira, dia 30, porém por falta de dinheiro na administração embuense, o repasse não foi total. No entanto, o secretário de saúde, Tarifa destacou que deveriam priorizar o pagamento dos funcionários e depois dos fornecedores. “O valor que a prefeitura repassa para o CEJAM daria para pagar vocês tranquilamente, mas infelizmente eles têm uma forma de trabalhar diferente. A gente depende de repasse do Ministério e também do tesouro [verba municipal]”, falou o secretário Tarifa.
Aos olhos das agentes comunitárias é um quadro de insatisfação aliado a má gestão tanto da empresa, como da prefeitura, que não faz a fiscalização necessária, sabendo que em caso de greve os maiores prejudicados são os pacientes assistidos pelas agentes. “Já estamos cansadas de promessas, na sexta-feira mais de 4 horas da tarde falaram que ia pagar, novamente segunda-feira e teremos que esperar aguentar a semana inteira as cobranças de serviço na unidade e nossas contas atrasadas. Estou desmotivada”, disse uma agente.
O Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo – SINDACS declarou que o encaminhamento da reunião é aguardar o cumprimento dos prazos acordados e em caso de novo atraso será acionado o Ministério do Trabalho, assim como organizar a greve do setor, destacando que essa medida afeta a todos e todos os meios são tomados para evitar uma paralisação da categoria.
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