Cidades da região adiam aplicação da dose de reforço após impasse sobre marca da vacina
Motivo é a divergência entre os governos federal e estadual sobre qual imunizante deve ser aplicado, informou a Prefeitura de Taboão da Serra. Medida segue orientação do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
9 de setembro de 2021
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Nove cidades da Grande São Paulo adiaram nesta quarta-feira (8) a aplicação da dose de reforço da vacina contra a Covid-19, informou a Prefeitura de Taboão da Serra.

A suspensão valerá pelo menos até o dia 15 de setembro, data em que está prevista a entrega de mais doses do imunizante da Pfizer por parte do Ministério da Saúde.

De acordo com José Alberto Tarifa, secretário de Saúde do município, o motivo é o impasse entre governos federal e estadual sobre qual imunizante deve ser aplicado. A suspensão temporária é uma orientação do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), ainda segundo o secretário.

A decisão de Taboão foi tomada conjuntamente entre as gestões das cidades da região de mananciais: Itapecerica da Serra, Embu-Guaçu, Embu das Artes, Cotia, Vargem Grande Paulista, Juquitiba e São Lourenço da Serra.

Jandira também decidiu suspender a aplicação prevista para começar nesta quarta para aguardar a chegada de “das vacinas preconizadas pelo Ministério da Saúde”.

Em Taboão da Serra, a aplicação da dose de reforço estava programada para esta quarta (8), começando pelos idosos com mais de 90 anos.

A vacinação dos demais públicos – adolescentes com mais de 12 anos e segunda dose dos profissionais de educação de 18 a 44 anos – está mantida.

Plano estadual x plano nacional
O governo de São Paulo iniciou a vacinação para dose de reforço contra Covid-19 na segunda-feira (6). Em princípio devem receber a dose adicional todos os idosos com mais de 60 anos e imunossuprimidos acima de 18 anos, um público estimado em 7,2 milhões de pessoas.

Já o Ministério da Saúde recomendou a dose de reforço para pessoas com mais de 70 anos e imunossuprimidos a partir do dia 15 de setembro.

Além disso, o governo federal determinou em nota técnica divulgada em 26 de agosto que a imunização deverá ser feita, preferencialmente, com uma dose da Pfizer. Já o governo do estado não estipulou o fabricante da dose a ser utilizada no reforço e indicou que deve ser a disponível no posto de saúde.

Estudos ainda não avaliaram todas as combinações possíveis entre diferentes marcas de imunizantes. Cientistas que estudam a pandemia criticaram a opção do governo estadual e destacaram maior proteção para idosos com uma dose de reforço da Pfizer, como estipulado pelo governo federal.

Embora a CoronaVac já tenha se provado efetiva na diminuição das internações e mortes pela Covid, o estudo comparativo com a vacina da Pfizer aponta melhor resultado justamente na população idosa, em que é mais difícil alcançar maior resposta imunológica.

O infectologista Marco Aurélio Safadi, que participou da elaboração das recomendações do Ministério da Saúde, diz que as vacinas indicadas na nota técnica apresentaram as melhores performances na prevenção de formas graves da doença.

“Não é que a CoronaVac não vá oferecer benefícios a esses idosos. O que nós entendemos é que as outras vacinas ofereceriam uma melhor possibilidade de protegê-los, então a única justificativa pra usar a CoronaVac nesse momento seria de não haver doses suficientes dos outros imunizantes para contemplar de uma forma oportuna e célere essa população”, diz Safadi.

Crédito: G1
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