A Câmara Municipal da cidade de Embu das Artes, na Grande São Paulo, aprovou nesta quarta-feira (14) o projeto de lei que cria a tarifa zero no município.
O projeto de autoria do prefeito Ney Santos (Republicanos) deve beneficiar mais de 1 milhão de passageiros com transporte gratuito, subsidiado pela prefeitura.
Segundo o prefeito, o projeto já tem data para entrar em vigor na cidade, mas essa data não foi ainda divulgada.
Cidade de São Paulo
A tarifa zero também está em estudo na capital paulista, a pedido do Poder Executivo. Nesta quarta-feira (14), uma audiência pública debateria a possível implantação do programa na cidade, com a presença do atual presidente da SPTrans, Levi dos Santos Oliveira.
Mas o mesmo não compareceu ao evento alegando que os estudos encomendados pela prefeitura sobre o assunto ainda não ficaram prontos. O assunto foi debatido com a sociedade civil e os vereadores da Casa, que levantaram uma série de questionamentos sobre a ideia embrionária do prefeito.
Em nota enviada ao g1, a empresa municipal afirmou que “o estudo em questão é liderado pela SPTrans, empresa municipal que gerencia o transporte público da cidade”, mas que “ela supervisiona os trabalhos feitos em conjunto com a SPUrbanuss, entidade representante de parte das concessionárias do sistema de transporte por ônibus”.
É justamente a SPUrbanuss que contratou a EY Brasil e a All4 para realizar o levantamento de viabilidade da tarifa zero na capital paulista, submetendo todos os dados à SPTrans.
Tarifa zero na capital
A proposta de implantar a tarifa zero na cidade de São Paulo está em estudo pela SPTrans, a pedido do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Inicialmente, o prefeito avaliou que a proposta poderia custar cerca de R$ 10 bilhões por ano à cidade.
Mas um diretor da própria SPTrans declarou à Câmara Municipal de São Paulo em novembro que o custo do sistema na cidade em 2023 será de cerca de R$ 12 bilhões no ano.
Nesse total de R$ 12 bilhões, pelo menos R$ 7,4 bilhões serão de subsídios que a Prefeitura de São Paulo deverá aplicar no sistema de ônibus da capital paulista, uma vez que a receita com a tarifa paga pelos passageiros está calculada em apenas R$ 5 bilhões ao longo de 2023.
Até novembro deste ano de 2022, a gestão Nunes já aplicou R$ 4,6 bilhões no sistema de transporte da cidade, disse a SPTrans na Câmara.
Para 2023, esse valor deve ser 60% maior, chegando justamente aos R$ 7,4 bilhões calculado pela SPTrans, caso não haja aumento de tarifa na cidade.