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Após dois meses do caso de racismo, Comissão de Ética realiza primeira reunião para pedir cassação de Renato Oliveira

Após dois meses do caso de injúria racial que tem como acusado o presidente da Câmara, Renato Oliveira, a Comissão de Ética e Decoro Parlamentar realizou a primeira reunião na segunda-feira, dia 21/3, para discutir o pedido de cassação do mandato de Oliveira. O pedido foi protocolado pelo vereador Abidan Henrique – o único vereador de oposição no legislativo de Embu das Artes.

O vereador Gideon Santos que é presidente da Comissão na Câmara de Embu das Artes, informou sobre o início dos trabalhos em seu perfil nas redes sociais. “Trabalhos da comissão de ética e decoro parlamentar. Aconteceu hoje pela manhã a primeira reunião da comissão de ética da câmara municipal de Embu das Artes o assunto do encontro foi a apuração preliminar dos fatos, acerca da denúncia de quebra de decoro parlamentar protocolada pelo vereador Abidan Henrique contra o presidente da câmara vereador Renato Oliveira”, escreveu Santos.

Durante a sessão nesta quarta-feira, dia 23/3, o vereador Bobilel Castilho que é membro da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar evidenciou a frustrada tentativa do prefeito Ney Santos de passar pano para o vereador Renato Oliveira, pedindo assim o arquivamento do processo de investigação e cassação.

“A outra questão que fui punido, que eu faço parte de uma Comissão de Ética, aonde julga o vereador que comete um crime, ou que cometeu ou que prevaricou. E mandaram eu fazer isso [ele demonstra o pedido rasgando uma folha], rasgar e engavetar”, falou Bobilel Castilho, direcionando a fala ao público e questionando que se acatasse o pedido como ele iria olhar para seus amigos negros.

Vale destacar que no dia 2/2, João Caetano da Paixão protocolou uma representação contra o presidente da Câmara de Embu das Artes, Renato Oliveira. Apenas com voto favorável do vereador Abidan Henrique, o requerimento 6744/2022 foi rejeitado pelos demais vereadores na sessão da quarta, dia 16/3. Na ocasião, os vereadores afirmaram que já havia um pedido tramitando na casa de leis, sem a necessidade de aprovar um novo pedido.

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