X

Animais ameaçados por extinção são avistados em Embu das Artes

Um grupo de cerca de 50 pessoas da região de Embu das Artes, município da Grande São Paulo, se reuniu para uma caminhada na Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde e se deparou com algumas surpresas pelo caminho: avistaram animais silvestres de Mata Atlântica, incluindo espécies que podem estar ameaçadas por extinção, como a ave Jacuaçu e o Sapo-Cururu. Tucano, borboletas e insetos também foram vistos.

O motivo da ameaça de extinção ao Jacuaçu e Sapo-Cururu é, sobretudo, pela destruição de seu lar natural, que é a Mata Atlântica. A caça predatória também possui relevância para o triste cenário.

Em Embu das Artes, a região central e oeste ainda possuem bastante vegetação nativa de Mata Atlântica e alguns resquícios de Cerrado Paulista. A Área de Proteção Ambiental Embu Verde se localiza na região oeste, o que aumenta o favorecimento a presença de animais silvestres.

A prefeitura, juntamente com a Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) sinalizou, em agosto deste ano, algumas das principais áreas de passagem destes animais para aumentar a atenção de veículos, a fim de reduzir atropelamentos.

Conhecer para Preservar

Organizada pela SEAE, e sob o lema “Conhecer para Preservar”, a caminhada teve como proposta levar munícipes e demais interessados à APA, patrimônio natural da cidade, para promover reflexão sobre a vida, opções de ocupação e convivência harmônica entre homem e natureza.

Participaram adultos e crianças de diversos bairros de Embu das Artes e região. Hamilton Cezar, do movimento Anjos da Mata Atlântica; Rodrigo Aguiar, biólogo; Mariana Santos, técnica em meio ambiente; e Elton Pereira, fotógrafo, contribuíram com importantes observações e explicações sobre fauna e flora: tanto de espécies nativas, como exóticas e invasoras.

Rodrigo informou que “animais predadores da região, como a onça parda e a jaguatirica, possuem hábitos noturnos e são extremamente ariscos, por isso fogem dos seres humanos”. A informação veio para aliviar algum medo do grupo e de moradores da região.

Mariana fez uma ampla explicação sobre as cigarras, borboletas e seu ciclo de vida. O grupo também parou em frente ao córrego Votorantim, que faz parte da bacia da Represa Guarapiranga para informações sobre a produção e distribuição de água.

Apoiaram o evento: Departamento de Trânsito de Embu das Artes, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana; Guarda Civil Municipal; Hotel Almenat; Água Mineral Mata Atlântica; Galpão 13 Produções e Guara Mega.

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

Leave a Comment