Adubo de compostagem doméstica pode ser fonte de renda
Promovido pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, como parte de suas ações de responsabilidade de educação e fomento à economia socioambiental, o evento foi ministrado por Cauê Vida, biólogo e gestor ambiental na empresa O Bicho Biotrips
19 de abril de 2017
Adubo sólido pode ser usado em hortas (Foto: SEAE)

A Oficina de Compostagem Doméstica, realizada no último sábado (08), no município de Embu das Artes, teve como principal objetivo ensinar a prática da reutilização de resíduos vegetais do uso cotidiano em uma composteira com minhocas.

Como resultado, adubo sólido e biofertilizante (chorume) líquido. Os produtos podem ser utilizados para enriquecer o solo de hortas, jardins ou ainda serem comercializados. Embora uma produção doméstica seja em baixa escala, o húmus de minhoca é muito valorizado, o que faz com que vendas, mesmo que esporádicas, sejam alternativas para ajudar a fortalecer a renda familiar.

Promovido pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu – SEAE, como parte de suas ações de responsabilidade de educação e fomento à economia socioambiental, o evento foi ministrado por Cauê Vida, biólogo e gestor ambiental na empresa O Bicho Biotrips.

A oficina se dividiu em teoria e prática. Na primeira, o palestrante abordou o solo, a formação das rochas e suas etapas até a decomposição e compostagem natural. Reflexões sobre o homem enquanto ser, sua relação com o meio ambiente a que pertence, o uso e o desperdício de recursos naturais, também foram provocadas.

Na segunda parte, o público acompanhou com atenção a explicação da montagem estrutural e depois montou a sua própria composteira para utilizar em casa.

COMO FUNCIONA

O método escolhido utiliza a vegetação seca para cobrir os restos de alimentos que serão utilizados, o que evita odores e insetos indesejados. Enquanto isso, as minhocas (californianas, vermelhas) consomem a matéria orgânica em decomposição, que resulta no adubo.

O sistema requer utensílios simples, como três caixas de plástico, uma tampa, um suporte para colocar em baixo das caixas, uma torneira, um pacote com minhocas, um pacote com composto sólido e matéria vegetal seca (serragem, folha, palha ou grama) e extrato de neem (repelente natural).

Na oficina, como parte das reflexões sobre reciclagem, as caixas plásticas foram substituídas por baldes de margarina, recolhidos pela SEAE em padarias.

No geral, as caixas devem ser sobrepostas, formando uma torre de três andares. A de baixo, onde instala-se a torneira, exerce a função coletora do biofertilizante. As duas de cima funcionam como digestoras, por onde as minhocas circularão e se alimentarão para concluir o trabalho.

O tempo médio para encher as duas caixas de cima é de 30 dias. Já a caixa de baixo, por conter líquido derivado da decomposição, o ideal é retirar o conteúdo semanalmente. Diluído em água pode adubar raízes ou folhas de qualquer espécie. Pode ser usado na mesma hora ou armazenado por até três meses.

A estrutura precisa ficar em local seco e arejado, longe do sol e da chuva.

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

SOBRE A BICHO BIOTRIPS

É uma agência e operadora de turismo, especializada em roteiros de estudo de campo e do meio ambiente, para proporcionar o encontro do conhecimento com a vivência, e utiliza o Ecoturismo como uma ferramenta de Educação Ambiental e conservação dos ambientes naturais.

 Texto por SEAE 19

Crédito:
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