A Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS) do Governo do Estado de São Paulo promoveu no mês de junho a “Série Dialogando – Atuação da Assistência Social no Enfrentamento da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes”. O evento discutiu estatísticas recentes que mostram a gravidade do problema enfrentado em todo o país – especialmente pelo receio das famílias em denunciar.
O Disque 100 de Direitos Humanos do Governo Federal recebeu 2.975 denúncias de violência sexual infantil, no Estado de São Paulo, em 2017. Esse número representa um aumento de 29% no número de denúncias, em comparação com 2016, que teve 2.299.
O número de violação de direitos é de 3.332, porque cada ligação pode ter mais de um jovem atingido ou mais de um tipo de violação. Os principais casos foram abuso sexual, com 2.534; exploração sexual, com 588; e pornografia, com 51.
Na Proteção Social Especial, a violência sexual é um dos focos dos serviços especializados e continuados. O Estado de São Paulo conta com 283 CREAS (Centros de Referência Especializados de Assistência Social), que oferecem orientação e acompanhamento a indivíduos e famílias em situação de ameaça ou violação de direitos.
Para o secretário Gilberto Nascimento Junior, é preciso que essa informação seja disseminada, para que a gente possa proteger nossas crianças e adolescentes. “Pedimos a colaboração da população para que denuncie este crime. O receio em denunciar os casos permite que abusadores continuem impunes”, destaca.
A SEDS também conta com uma arte especial que está disponível no site para impressão de parceiros que se interessem em divulgar. A campanha mostra a necessidade de quebrar o silêncio, por meio dos telefones gratuitos “Disque 100 ou 181”.