Pelo quinto dia consecutivo de greve, caminhoneiros de todo o Brasil estão parados nas principais estradas federais em manifesto contra o aumento do óleo diesel anunciado pela Petrobras. No início da tarde desta sexta-feira (25), o presidente da República, Michel Temer (MDB), anunciou que usará das forças armadas para desobstruir as rodovias bloqueadas. Já os caminhoreiros retrucaram, dizendo que haverá resistência.
Protesto – Vans escolares
Nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira, dia 25, condutores de vans escolares da capital e região metropolitana de São Paulo fizeram manifestações contra impostos abusivos, em apoio aos caminhoneiros, contra impostos abusivos.
Em Taboão da serra, cerca de 100 vans escolares partiram em buzinaço da sede da Prefeitura e se deslocaram para a pista sentido sul da Régis, onde interromperam o tráfego de veículos por aproximadamente 10 minutos. Houve congestionamento no trecho afetado.
Em Cotia, os motoristas da categoria manifestaram na rodovia Raposo Tavares, na altura da passarela do Parque São Jorge, na manhã desta sexta-feira, dia 25. Cerca de 100 vans escolares seguiram com o ato pela faixa 1 da pista. O trânsito pouco foi afetado na região, já que o fluxo de veículos nas faixas 2 e 3 seguiu normalmente.
Falta de combustível e filas longas em postos
Grande parte dos postos de combustíveis da Grande São Paulo e capital já tem estoque zerado. Nas cidades que compõe o Conisud, condutores enfrentam problemas para abastecer seus veículos e não encontram mais gasolina, etanol e diesel nos postos. Além da falta de combustíveis, dos poucos postos que ainda restam, existem longas filas de carros e motocicletas.
Segundo apurou o Primeiro Notícias, ainda há combustível no Posto Cancún, em Embu das artes. Entretanto, a fila está quilométrica na avenida Elias Yazbek.
Forças Federais para desbloquear estradas
O presidente Michel Temer disse nesta sexta-feira (25), em pronunciamento no Palácio do Planalto, que acionou forças federais para desbloquear estradas, ocupadas por caminhoneiros em greve.
Temer optou por acionar as forças federais depois de se reunir com ministros para uma “avaliação de segurança” no país, já que a greve dos caminhoneiros continuou, apesar do acordo firmado entre governo e representantes da categoria na noite de quinta (24).
Segundo a assessoria do Ministério da Segurança Pública, as forças federais incluem Exército, Marinha, Aeronáutica, Força Nacional de Segurança e Polícia Rodoviária Federal (PRF).
O governo informou que já entrou em contato com governadores, para que as polícias militares também sejam utilizadas na operação para desbloquear rodovias estaduais.
Resistência
Após o comunicado feito pelo Presidente Michel Temer, um dos líderes dos caminhoneiros parados na rodovia Régis Bittencourt afirmou que a categoria não vai retirar os caminhões mesmo diante das forças armadas. Os caminhoneiros afirmam ainda que a proposta de reduzir o preço do diesel em 10% não é suficiente.