A Moção de Repúdio (10/2018), de autoria da vereadora Rosangela Santos (PT), onde contesta o envolvimento do ex- Subsecretário de Comunicação de Embu das Artes, Renato Oliveira, indiciado pela Polícia Civil por lesão corporal no acidente do fotógrafo e chargista Gabriel Binho, do Site Verbo Online, foi aprovada pelos vereadores em sessão ordinária realizada na noite desta quarta-feira (21).
Tanto os vereadores da base do governo municipal quanto os da oposição, de forma geral, repudiam qualquer ato de violência praticado aos munícipes, inclusive contra a liberdade de expressão.
Os vereadores da oposição foram mais rígidos quanto ao caso, se tratando exclusivamente de um servidor público, no caso de Renato Oliveira. Já o outro lado da base salienta que o crime não deve ser associado ao governo municipal, sem relacionar atitudes pessoais com medidas políticas.
“Aqui muita gente o defendeu (Renato Oliveira). Respeito a autoridade máxima que é o prefeito, mas infelizmente têm algumas ‘laranjas podres’ desse governo que mancham. Ouvi dizer que o caso do Renato não era questão política, claro que é. Vou fazer igual o quadro do Programa Raul Gil: secretário (Renato) pega esse banquinho e saia de mansinho”, criticou o vereador Edvânio Mendes.
Já a vereadora Rosangela Santos, autora da moção, fez altas críticas ao ex-servidor municipal, além de cobrar da justiça uma “melhor apuração dos fatos”:
“Não podemos aceitar uma violência desse tipo na nossa cidade. Um secretário adjunto que vem de projeto de pirâmide. Além de atacar pessoas no seu Facebook, ele persegue todas elas. Sem falar do vídeo dele pegando na coxa de uma servidora e falando que era a verdadeira cultura do estupro. Que a justiça seja feita e apurada, de fato. Foi constatado lesão grave e não tentativa de homicídio, e isso não dá para aceitar”.
O vereador Bobilel Castilho (PSC) saiu em defesa do governo e declarou apoio as investigações policiais no caso. Ele ainda citou deputado estadual Geraldo Cruz, quando ainda era prefeito e exonerou um servidor por desvios de recursos.”Não podemos culpar o governo por um ato de um funcionário. Quem cometeu que pague e que a justiça faça seu papel. Mas vamos ser justos. Existia um secretário que desviava mais de 400 mil reais na gestão Geraldo Cruz, e o governo o exonerou. Ele (Geraldo Cruz) fez o correto.Entretanto, Não vamos associar uma atitude pessoal para culpar o governo. Não existe crime perfeito, aqui se faz e aqui se paga”, frisou Castilho.
O presidente Hugo Prado comentou:”Somos contra todo e qualquer tipo de violência, mas também sou contra a acusações dirigidas ao governo. A Justiça deve ser feita e tenho certeza que os responsáveis irão tomar as medidas legais cabíveis”, disse o presidente da Câmara.