governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou na manhã desta terça-feira (16) que a vacinação fracionada contra a febre amarela em 54 municípios do estado será antecipada para o dia 29 de janeiro. Anteriormente, o governo havia anunciado que a aplicação das doses seria realizada a partir do dia 3 de fevereiro.
“Nós estamos antecipando uma semana, então, em vez de começar 3 de janeiro, começa 29 de janeiro. Hoje, falei com o ministro da saúde, ele está mandando 1 milhão de doses a mais para o estado de São Paulo”, afirmou Alckmin.
O anúncio foi feito após visita técnica a Escola Estadual Paulo Hugon no Mandaqui, na Zona Norte de São Paulo. “Agora, o que é importante, não ter pânico e correria, toda população deverá ser vacinada até o fim do ano”, declarou o governador.
A alteração ocorreu após o governo estadual pedir a antecipação ao Ministério da Saúde. A campanha de vacinação também será encerrada com uma semana de antecedência, no dia 17 de fevereiro.
A meta é imunizar mais de 7 milhões de pessoas – 2,5 milhões só na capital paulista. A dose fracionada tem tem 0,1 ml, enquanto que uma dose convencional tem 0,5 ml. A vacina permite a imunização por oito anos.
O município de São Caetano do Sul, na região do ABC, foi incluído na campanha. Veja a relação das cidades que receberaão a vacinação fracionada.
A dose fracionada foi pensada para ampliar a imunização e aplicar a vacinação concentrada nas áreas de risco, nos bairros próximos aos parques onde foram localizados macacos mortos com o vírus da febre amarela.
As seringas que serão usadas na campanha de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas já chegaram a São Paulo. Elas são menores e conseguem aplicar doses de 0,1 ml.
Postos lotados
Desde o anuncio da vacinação fracionada e confirmação de novas mortes por febre amarela, os postos de saúde têm ficado lotados e com fila de horas de esperar para a imunização contra a doença com a dose convencional. Apesar da corrida aos postos, a Secretaria Estadual da Saúde diz que não há motivos para pânico.
Moradores de várias regiões da capital paulista e da região metropolitana chegam a esperar horas para conseguirem ser imunizados.
As seringas que serão usadas na campanha de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas já chegaram a São Paulo. Elas são menores e conseguem aplicar doses de 0,1 ml.
Casos
Subiu para 21 o número de mortes por febre amarela silvestre no estado de São Paulo, segundo balando da Secretaria Estadual da Saúde divulgado na última sexta-feira (12). Até quinta-feira (11), o estado contabilizava 13 mortes de pessoas que contraíram o vírus.
Também foram confirmados 40 casos autóctones (quando a doença é contraída na própria cidade e não vem de pessoas que viajaram para regiões afetadas) de febre amarela silvestre no estado desde janeiro de 2017. Antes, 29 casos tinham sido confirmados. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
De acordo com o governo estadual, os locais de infecção que resultaram em morte ocorreram nos municípios de Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Batatais, Itatiba, Jarinu, Mairiporã, Monte Alegre do Sul, Nazaré Paulista, Santa Lucia e São João da Boa Vista.
Os demais casos autóctones, onde não foram registradas mortes, tiveram como locais de infecção os municípios de Águas da Prata, Américo Brasiliense, Amparo, Atibaia, Caieiras, Campinas, Itatiba, Jundiaí, Mairiporã, Mococa/Cassia dos Coqueiros, Santa Cruz do Rio Pardo e Tuiti.
Entre julho de 2016 e janeiro deste ano há registro de 2.491 primatas (macacos, bugios e outras espécies) mortos ou doentes. Desses, 617 animais estavam contaminados pela febre amarela. A comprovação foi feita por meio de análise laboratorial pelo Instituto Adolfo Lutz, sendo 61,5% dos primatas mortos estavam na região de Campinas.