A Petrobras anunciou que realizará, a partir de terça-feira (26), ajuste nos seus preços de gasolina A e diesel A para as distribuidoras.
O preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,21 por litro, ou 7,05%.
Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço da gasolina na bomba passará a ser de R$ 2,33 por litro em média. Uma variação de R$ 0,15 por litro, ou avanço de 6,88%.
Para o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro, refletindo reajuste médio de R$ 0,28 por litro, ou alta de 9,15%.
Considerando a mistura obrigatória de 12% de biodiesel e 88% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço do diesel na bomba passará a ser de R$ 2,94 por litro em média. Uma variação de R$ 0,24, ou 8,89%.
Após o anúncio, as ações da Petrobras intensificaram os ganhos no final da manhã. Por volta das 11h (horário de Brasília), os papéis PETR3 subiam 4,55%, a R$ 29,17, enquanto os PETR4 subiam 4,49%, a R$ 28,40. Contudo, os papéis intensificaram os ganhos, com os ativos PN fechando com alta de quase 7% em meio às notícias de que o governo estuda fazer um projeto de lei buscando vender ações da companhia e perder o controle sobre ela, transformando-a em uma corporation (veja mais aqui).
A companhia disse em comunicado que reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais.
“Esses ajustes são importantes para garantir que o mercado siga sendo suprido em bases econômicas e sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras”, aponta.
A empresa destaca que o alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021.
Em breve nota, o Credit Suisse destacou que o reajuste é positivo para a Petrobras, com a alta de preços reduzindo o desconto significativo na paridade de importação que, na avaliação dos analistas, agora está em cerca de 11% para ambos os combustíveis.