Uma criança de apenas 11 anos morreu no sábado, dia 21/8, após ter recebido um diagnóstico errado na Unidade de Pronto Atendimento – UPA Santo Eduardo. O médico indicou que eram gases e mandou para casa, na verdade a criança estava com o apêndice estourado. O diagnostico tardio ceifou a vida de uma criança moradora de Embu das Artes.
A mãe, Carla Gaspar emocionada fez nas redes sociais um relato denunciando a negligência médica que a família sofreu que custou a vida do seu filho. Luan estava com barriga grande e com dores, a mãe o levou na UPA no domingo, dia 15/8, onde foi medicado e retornou para casa, novamente com dores eles voltaram no serviço de emergência na quarta-feira, dia 18/8, foi realizado exame de raio-x e o médico afirmou que eram gases.
Carla conversou com o Jornal Primeiro Notícias, e contou o que sofreu. “Na sexta-feira, ele passou mal de novo, mas eu não queria mais procurar a UPA né. Então resolvi levar no PS de Itapecerica, o médico examinou ele e em 3 minutos simplesmente apertou a barriguinha dele e falou: “Luan se sentir dor me fala”. E disse: “mãe agora o Luan é nossa preferência, ele está com apêndice estourado. Vou acionar a ambulância para o HGIS e ele ser operado”, disse o médico.
A mãe ainda conta que ele foi levado para o Hospital Geral de Itapecerica da Serra, onde recebeu todos os cuidados por uma equipe composta por 8 especialistas. Os médicos evidenciaram que o quadro clinico da criança era sério, uma vez que ele estava desidratado e bastante debilitado necessitando utilizar oxigênio. Após a cirurgia, ele já desceu entubado. “O médico me falou, ‘mãe o estado dele é grave porque afetou muito os órgãos dele, ele agora vai ficar sedado até domingo para não sentir dor e fome, mas terá muita febre por conta da infecção’.
“A noite toda meu filho lutando pela vida com uma febre de 40,8, e uma pressão oscilando de 5.3, 6.3 e ele lutando ali. Como eu já estava dois dias no hospital sem comer direito desde quarta-feira, eu pedi para meu marido trocar comigo porque precisava ver meus outros filhos que são 4. Eu vim pra casa e meu marido falou que a temperatura estava 36, então comemorei que estava melhorando. Na troca de sonda, ele entrou em choque e ali entrou em óbito”, relatou a mãe, Carla Gaspar.
Carla contou que já estão buscando as medidas para processar os médicos, que de acordo com ela já foram afastados dos seus cargos. “Eu não quero dinheiro. Eu vou fazer pela vida do meu filho. Foram três médicos e nenhum conseguiu diagnosticar o que meu filho tinha. Foi negligência, foi falta de atenção com ele, falta de checar melhor o que ele tinha e é isso já abrimos um processo administrativo contra os médicos e agora vamos ver no que dá. Enquanto eu não ver os culpados punidos pelo que fizeram com meu filho, eu não sossego. Enquanto eu não ver a justiça feita pelo meu filho, eu não sossego”, finalizou.