O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (1º) que o Auxílio Emergencial será de R$ 300 por mais 4 meses.
O valor do benefício, criado para anteder trabalhadores informais que perderam renda em razão da pandemia do novo coronavírus, foi anunciado após reunião do presidente com ministros e parlamentares aliados no Palácio da Alvorada.
Bolsonaro disse que o valor é menor que os atuais R$ 600, mas “atende” o que se espera do programa.
“O valor como tínhamos dizendo, R$ 600 é muito para quem paga, no caso o Brasil. Podemos dizer que não é um valor suficiente muitas vezes para todas as necessidades. Mas basicamente atende”, completou o presidente.
A criação do auxílio, em abril, previa três parcelas de R$ 600, até julho.
O auxílio foi prorrogado uma primeira vez por mais duas parcelas de R$ 600 e, nas últimas semanas, as alas política e econômica do governo discutiram o novo valor do benefício.
Paulo Guedes: ‘Ninguém para trás’
O ministro da Economia, Paulo Guedes, fez um breve discurso logo após o anúncio do presidente. Ele disse que Bolsonaro “não deixou ninguém para trás” na concessão do auxílio.
“Estender essa camada de proteção à população brasileira. O presidente não deixou ninguém para trás. E, dentro da ideia do que é possível fazer com os recursos que nós temos, estender por quatro meses o valor de R$ 300 de Auxílio Emergencial”, afirmou o ministro.
O auxílio de R$ 300 custa R$ 25 bilhões aos cofres públicos por mês.
Após o fim do Auxílio Emergencial, Bolsonaro quer iniciar os pagamentos do Renda Brasil, programa social do governo que já vem sendo discutido, mas ainda não foi aprovado. Um dos obstáculos é encontrar de onde virão os recursos para financiar o programa.
Reforma administrativa
O presidente também informou que a reforma administrativa vai ser enviada ao Congresso na quinta-feira (3).
“Encaminhar na quinta-feira a reforma administrativa. Que fique bem claro, não atingirá nenhum dos atuais servidores. Ela se aplicará apenas aos futuros servidores concursados”, afirmou Bolsonaro.
A reforma administrativa vem sendo discutida desde o início do ano e é uma das principais medidas da equipe econômica para 2020. Com a pandemia, a discussão perdeu força e, no meio político, houve dúvidas se o texto realmente seria analisado ainda neste ano.