Impasse deixa ACSs sem salário; protesto acontecerá na segunda, 03 em Embu das Artes
A dívida é de R$ 1.300.000 (um milhão e trezentos mil reais). Está marcado para segunda-feira, dia 03, um protesto na Prefeitura.
30 de novembro de 2018
(Foto: Divulgação)

Aconteceu na tarde desta quinta-feira, dia 29, uma reunião na sede do CEJAM em Embu das Artes com as agentes comunitárias do município, que estão com os benefícios atrasados e o salário é recebido durante o mês de forma parcelada, em até três vezes. A empresa alega que não está recebendo da prefeitura, essa que por sua vez responsabiliza a empresa pelo atraso nos pagamentos, nesse impasse a população pode ficar sem o serviço domiciliar, feito pelas conhecidas ACSs. A dívida é de R$ 1.300.000 (um milhão e trezentos mil reais). Está marcado para segunda-feira, dia 03, um protesto na Prefeitura.

Durante a reunião, as agentes alegam que foram dadas diversas “desculpas” e nenhuma decisão ou previsão do pagamento dos benefícios, que são vale transporte, vale alimentação e refeição (algumas recebem em dinheiro e outras a cesta básica), assim provavelmente também não será pago amanhã, dia 30, o 13º. Houve muitas promessas, além disso apenas duas agentes de cada unidade básica de saúde puderam participar da reunião, as demais foram obrigadas a aguardar do lado de fora. Ao todo são 120 funcionários ligados ao Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” – CEJAM.

Juntamente com outros dois colegas da imprensa regional, o Jornal Primeiro Notícias foi proibido de participar da reunião e também de permanecer nas dependências do CEJAM. Enquanto aguardavam o fim da reunião, foram todos expulsos do local. “Vocês não podem ficar aqui, essa é um prédio privado”, disse a funcionária Patrícia.

Ao final da reunião, ao lado de fora o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde da Região Metropolitana de São Paulo – SINDACS, Rodrigo Rodrigues se reuniu em uma assembleia extraordinária para deliberar os próximos passos, ficou acertado que o sindicato vai notificar o prefeito Ney Santos, na sexta-feira, dia 30 e na segunda-feira, dia 03 às 14h acontecerá um ato público na Prefeitura de Embu das Artes, e esperam serem recebidos pelo prefeito.

“Já são cinco meses que eu tenho tentado organizar, mas sem retorno. Era o que já tínhamos previsto antes de entrar, eles iam tirar o deles da reta falando várias coisas para se justificar. A empresa apresentou que de fato não recebeu os valores, a gente fez uma conta que tem quase R$ 1 milhão e 300 mil em atraso de pagamentos, de fato a Secretaria de Saúde junto com a Secretaria de Finanças não fez o repasse. A empresa alega ainda que não tem valor em reserva e não consegue dar encaminhamento. Temos que pedir respeito para nossa categoria e que paguem em sua totalidade”, falou Rodrigo Rodrigues, presidente do SINDACS.

As agentes não terão seus nomes revelados por medo de represálias, mas relataram ao Jornal Primeiro Notícias, que o impasse já acontece faz uns dois anos, que todos os meses elas não sabem quando e nem quanto receberam dos seus salários. “Vou te mostrar minhas contas atrasadas. O pagamento é parcelado, o VR que não caiu ainda e o vale alimentação. E sempre depositam o salário atrasado, não cai no 5º dia útil. Nosso abono salarial foi bloqueado porque emitiram a RAIS errado”, falou.

Além disso, elas alegam assédio moral e desvio de função. “Tem muita cobrança com coisas que não é da nossa função, desvio de função e muitas outras coisinhas”, disse. Outra denúncia foi de serem coagidas para não buscar seus direitos. “A diretora falou que quem viesse além das duas escaladas de cada unidade seria punida com advertência, e olha que trabalhamos direitinho pela manhã”, completou.

A vereadora Rosângela Santos participou da reunião e afirmou sua responsabilidade com o povo, e está ao lado das agentes. “Algumas agentes de saúde me procuraram pela falta de pagamento e também dos benefícios com atrasos, elas estão totalmente abandonadas. Aqui na reunião, o CEJAM apresentou eu a Prefeitura não está fazendo os repasses e quando faz é bem abaixo do valor mensal com isso não conseguem cumprir os contratos. A gente consegue perceber que a Prefeitura não dá prioridade para as agentes de saúde comprometendo toda vida delas e da família. O ato é justamente para lutar pelos direitos delas. Eu estou batendo na saúde faz um tempo, além da falta de pagamentos, tem a falta de remédios e pagamentos dos médicos. A saúde está abandonada, um caos”, frisou ao Jornal Primeiro Notícias.

Crédito: Redação
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