Dólar fecha em alta no primeiro dia de negócios depois do segundo turno
Moeda chegou a ser vendida abaixo de R$ 3,60 no início dos negócios, mas mudou de rumo e terminou a R$ 3,7068.
29 de outubro de 2018
(Foto: Divulgação)

O dólar fechou em alta alta nesta segunda-feira (29), no primeiro dia de negócios após o segundo turno das eleições. A moeda chegou a cair abaixo de R$ 3,60, mas mudou de rumo com investidores aproveitando os preços atrativos para irem às compras, depois da vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições presidenciais.

A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 1,41%, vendida a R$ 3,7068. Veja mais cotações. O dólar turismo encerrou a R$ 3,86, sem a cobrança de IOF.

A moeda chegou a ser negociada a R$ 3,5823 no início da sessão. Desde maio, a moeda não era negociada abaixo de R$ 3,60 – no dia 10 daquele mês, o dólar fechou em R$ 3,5461. Na máxima do dia, a divisa dos EUA chegou a R$ 3,7173.

“Boa parte da vitória já estava precificada”, lembrou à Reuters o sócio da assessoria de investimentos Criteria Investimentos, Vitor Miziara, mais cedo, quando o recuo da moeda perdia força.

A crença de que Bolsonaro seria eleito na véspera fez com que o dólar ficasse mais barato em 20 centavos de real entre o primeiro e segundo turno, mas a continuidade desta queda passa a depender do que o novo governo vai implementar de fato.

A correção do mercado nesta sessão, no entanto, atraiu investidores de olho nos preços mais baixos, enquanto aguardam novidades para precificar nos ativos.

“Os próximos drivers para o dólar local serão a divulgação da equipe econômica e esclarecimentos em relação ao plano de governo”, afirmou Miziara, referindo-se a questões como controle de gastos e reforma da Previdência.

Em seu primeiro discurso após ser declarado vitorioso, Bolsonaro prometeu respeitar a Constituição, fazer um governo democrático e unificar o país, além de defender compromisso com a responsabilidade fiscal.

O economista Paulo Guedes, que comandará o Ministério da Fazenda no novo governo e foi o principal motivo para Bolsonaro angariar o apoio do mercado financeiro, declarou que buscará zerar o déficit fiscal em um ano, além de colocar a reforma da Previdência como prioridade.

Crédito: G1
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