O desembargador Figueiredo Gonçalves, da 1ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo, mandou soltar o comerciante Mohamed Abdul Hadi Hassan Zoghbi, de 33 anos, que, na noite de sexta-feira, dirigindo uma BMW preta atropelou e matou uma família – Cristina Aparecida Solange Coelho, de 43 anos, a filha Camila, de 9, e um bebê de 1 ano; uma menina de 9 anos ficou ferida e está hospitalizada. O magistrado acolheu a tese de crime culposo apresentada pela defesa de Mohamed.
Segundo a Polícia, testemunhas apontaram que o comerciante dirigia em velocidade superior ao permitido – 50 kms/hora – na Avenida Carlos Caldeira, em Campo Limpo, zona sul da capital. O atropelamento teria ocorrido na faixa de pedestres.
Contra a prisão de Mohamed Zoghbi, seus advogados – os criminalistas Antonio Cláudio Mariz de Oliveira e Fábio Castello Branco Mariz de Oliveira – ingressaram com pedido liminar em habeas corpus.
Os Mariz alegaram que “esse foi um caso isolado” na vida do comerciante e ressaltaram “sua idoneidade e imagem ilibada”. Os advogados destacaram que Mohamed é “conhecido na região, comerciante, primário, de bons antecedentes, com trabalho lícito e residência fixa, ausentes, portanto, os requisitos para a custódia cautelar”.
A defesa requereu a concessão liminar da ordem, para revogar a prisão preventiva ou substituir por medidas cautelares. O desembargador ordenou a suspensão da habilitação de Mohamed.