Usuários deixam Praça Princesa Isabel e retornam para antiga Cracolândia
Praça estava tomada apenas por lixo na noite desta quarta-feira (21). Ruas que antes de ação da Prefeitura e da polícia na região da Luz, em 21 de maio, concentravam os dependentes voltaram a ser ocupadas.
22 de junho de 2017
Alameda Cleveland com usuários que estavam na Praça Princesa Isabel (Foto: Arquivo Pessoal)

Os usuários de drogas que há exato um mês ocuparam a Praça Princesa Isabel, na Luz, no Centro de São Paulo, retornaram para a região da antiga Cracolândia, na noite desta quarta-feira (21).
Por volta das 22h, a Praça, que desde a ação da Prefeitura e da polícia no dia 21 de maio concentrava a maioria dos usuários, o chamado “fluxo”, estava vazia, apenas tomada por lixo.
Os dependentes químicos agora ocupam a Alameda Cleveland, próximo à Rua Helvétia. A polícia está no local e fechou algumas ruas da região. Ainda não há informações sobre as razões que teriam provocado tal deslocamento.

“Fim da Cracolândia”

Foi na madrugada do dia 21 de maio, após uma ação policial na região da Luz, no Centro de São Paulo, que o prefeito João Doria anunciou o “fim da Cracolândia” e o início do Redenção, programa municipal de combate ao uso de drogas.
Um mês após tal começo, entretanto, o “fluxo”, nome dado ao local que concentra os usuários, apenas tinha migrado dos quarteirões da Rua Helvétia para a Praça Princesa Isabel. Os dependentes revelam desconhecer as propostas da atual gestão, e dizem fazer parte do Braços Abertos, programa de redução de danos criado pelo ex-prefeito Fernando Haddad – e supostamente extinto por Doria.

O projeto de Haddad previa a reinserção social dos usuários de droga da Luz por meio de emprego e moradia em hotéis do bairro. Atualmente, 388 pessoas residem em sete hospedagens que continuam a prestar serviço, e a serem pagos pela Prefeitura.

Na prática, por ora, para esse grupo, nada mudou. Mas há o temor de despejo. “A gente não sabe pra onde vai, ninguém diz nada”, afirma uma beneficiária do antigo programa, que prefere não se identificar.

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A Prefeitura confirmou que as 388 pessoas que estão nos hotéis pertencentes ao programa Braços Abertos seguem atendidas nesses locais até “que com o avanço das ações em andamento sejam implantadas soluções alternativas de acolhimento”.

Em nota enviada à imprensa nesta terça (20), a gestão municipal afirma que equipes da assistência social realizaram, desde o dia 21 de maio, 25.235 abordagens na região da Luz. Deste total, houve 10.786 encaminhamentos para acolhimento nos equipamentos da rede assistencial, 7.719 atendimentos na Unidade Emergencial de Atendimento, e 6.730 recusas de atendimento. Apenas no último domingo (18), foram feitas 1.293 abordagens na Luz, com 472 acolhimentos e 62 recusas.

A tenda na Rua Helvétia, que na gestão petista oferecia atividades de lazer, banho e espaço para descanso aos beneficiários, perdeu a placa com o nome “Braços Abertos” no dia 21. A retirada foi acompanhada pelo secretário de Assistência e Desenvolvimento Social, Felipe Sabará. Parte da programação também deixou de existir. O espaço segue acolhendo os dependentes químicos da área, com funcionamento 24 horas e, sob a nova administração, recebeu uma lona azul.

O fim do Braços Abertos era anunciado por Doria durante a campanha eleitoral. Algumas estruturas, porém, segundo apurou o G1, seguem em vigor.

Crédito: G1
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