A saúde de Embu das Artes está um caos, e a mais nova é a possibilidade de paralisação no SAMU da cidade, após os funcionários terem descoberto um grande esquema de corrupção com desvio de verba pública, em um dos setores mais defasados, porém o mais essencial. A acusação pesa sob o chefe de gabinete, Marco Roberto, que recebe e aceita das oficinas orçamentos superfaturados para manutenção das ambulâncias. Vale destacar que os funcionários devem reduzir o atendimento, o que já causaria um grande impacto, tendo em vista se tratar de um serviço essencial de emergência.
Segundo apurado pelo Jornal Primeiro Notícias, os funcionários concursados cerca de 140 ameaçam parar os serviços e entregar o uniforme na Prefeitura de Embu das Artes, afim de terem suas reivindicações em prol da população ouvidas, na próxima segunda-feira. “O governo não está preocupado com o povo, muitas pessoas lá de dentro estão levando vantagem”, falou um funcionário.
Alguns funcionários se reuniram com os vereadores na Câmara Municipal, na última quinta-feira, dia 22 e listaram a pauta de reivindicações. “Os funcionários do SAMU solicitam melhores condições de trabalho através das seguintes pautas: pagamento de horas extras pagas mediante condições orçamentárias; melhoras de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual); reforma que estão sendo realizadas através de empresas parceiras do SAMU; troca de fardamento que não tem reposição a muito tempo; solicitamos a prestação de contas da saúde do nosso município queremos saber quanto estamos recebendo das três esferas do governo federal, estadual e municipal e quanto está sendo gasto, hoje estamos trabalhando até sem papel lençol para cobrir as macas e só temos colar cervical M; e solicitamos esclarecimentos sobre a exoneração do coordenador, Marquinhos que todo mundo aprova seu trabalho”.
“Não se faz saúde com improviso”, declararam a comissão formada pelo SAMU finalizando a pauta de reivindicações. Ainda evidenciaram aos vereadores que o orçamento de manutenção é muito fora da realidade, um exemplo foi uma mangueira no valor de R$ 1.000,00 reais e o coordenador da unidade decidiu comprar com recurso próprio e o valor real era R$ 100,00 reais.
O coordenador Marcos Alves foi exonerado sem qualquer explicação comunicado apenas pelo RH da Prefeitura de Embu das Artes. Os funcionários concursados reagiram e pediram providencias, uma vez que nada aconteceu que desabone o trabalho do servidor que é cargo comissionado há 1 ano e meio no governo, Ney Santos e concursado em Itapecerica da Serra. A falta de comunicação tem revoltado os servidores. “Se o Marquinhos sair de lá eu nunca mais volto no SAMU”, disse.
Outra denúncia é o repasse federal que não seria enviado para o SAMU, deixando assim o setor com muitas dificuldades de material e atendimento. Muitos funcionários se desdobram pelo compromisso a profissional e o amor aos pacientes, que sofrem pelo descaso público.
O secretário de Saúde, José Alberto Tarifa não retornou aos contatos da equipe do Jornal Primeiro Notícias para comentar o caso. Assim como o chefe de gabinete, Marco Roberto também não foi localizado.