Miracatiba recebe críticas e EMTU presta esclarecimentos à população de Embu das Artes
Gestores da EMTU estiveram à disposição dos moradores
16 de outubro de 2017
(Foto: Rodrigo Lopes)

Em audiência pública realizada na última terça-feira, dia 10, na Câmara Municipal de Embu das Artes, munícipes e líderes políticos se reuniram com a equipe de gestão da EMTU para discutir a atual situação do transporte público intermunicipal prestado pelo órgão e suas concessões regionais, em especial o consórcio Intervias (Miracatiba/Pirajuçara/Raposo Tavares).

Diversos temas foram debatidos, entre conforto, segurança, comunicação, manutenção e informações gerais de frota. Cerca de 50 pessoas estiveram presentes na audiência, que foi convocada e liderada pela vereadora Rosangela Santos (PT).

Representantes da EMTU responderam as críticas e sugestões citadas pela população insatisfeita com o transporte.
A audiência foi marcada devido a grande repercussão sobre a mudança de destino das linhas 124 (Embu – Santo Eduardo / Clínicas – São Paulo) e 033 (Embu – Engenho Velho / Clínicas – São Paulo). Desde o dia 16 de setembro, as respectivas linhas não têm mais o Hospital das Clínicas como destino final, e sim o Metrô Butantã, onde de lá partem ônibus que fazem integração com o Cartão BOM para chegar até o antigo ponto final.

Os moradores questionaram, principalmente, “a demora e a falta de resultados obtidos pela empresa”, exigindo melhorias e mais comunicação entre os usuários, e também sobre “quais são os parâmetros impostos pela EMTU para que uma concessão, por exemplo a Miracatiba, seja julgada e retirada de circulação”. Outro ponto bastante enfatizado foi pelo fato da “tarifa alta, que foge dos padrões de melhorias”, chegando a ser comparada com os preços da passagem de São Paulo, atualmente em R$3,80, “onde lá tem conforto e organização, mas na região não há”.

Para discutir e dar a posição oficial por parte da EMTU referente aos fatos mencionados, o Diretor Regional da EMTU, Luís Américo, conversou com os moradores. Ele esteve representando o presidente do órgão, Joaquim Lopes da Silva Júnior. Dentre os esclarecimentos, Luís Américo fez um balanço dos serviços realizados pela empresa em diversos períodos, com dados, estatísticas, além de responder as perguntas frequentes da população.

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“Embu das artes é uma cidade muito importante porque é composta por três empresas inseridas no Consórcio Intervias, a Miracatiba, Pirajuçara e a Raposo Tavares. Nessa região há cerca de 256 ônibus, nos quais 246 deles têm acessibilidade total para cadeirantes. São 36 linhas que circulam aqui pelo município, onde 4.680.000 milhões de pessoas utilizam o transporte intermunicipal, sendo que 480 mil não pagam tarifa”, informou Luís Américo.

Ainda de acordo com o diretor regional, formam um total de 295 multas aplicadas no sistema Intervias em 2017. “Evoluímos no sistema de localização GPS. Eu entendo que as reclamações são muitas, mas nossa equipe é pequena. São 30 agentes de fiscalização divididos em 2 turnos. Independente de tudo, não deixamos ninguém sem resposta”, afirmou Américo.

Sobre a qualidade do atendimento e dos veículos das concessões, com foco maior na Miracatiba, Luís Américo disse que atitudes de julgamento e exclusão da linha, pedidos pela população, deverão ser feitas juridicamente por parte da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado. “As penalidades devem ser gravíssimas. Não compete a EMTU essa questão, e sim a Secretaria de Transportes Metropolitanos que tomará as medidas cabíveis.”

A mudança nas linhas 124 e 033 foi frequentemente abordada. Um morador questionou a EMTU dizendo que grande parte da população não foi informada sobre a alteração de destinos, causando transtornos entre usuários e funcionários. Em contrapartida, o responsável pelo setor de comunicação da EMTU comunicou que “a mudança foi antecipadamente divulgada na Estação Butantã. Foi distribuído um release para toda a imprensa, uma enorme quantidade de folhetos nos ônibus informando os usuários com três semanas de antecedência.”

Os gestores da EMTU cobraram do conselho de desenvolvimento do Conisud um trabalho em conjunto. “Antes tinha e agora não tem mais”. Todas as reclamações foram enviadas para a empresa. Os munícipes esperam por resultados positivos.

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Por: Rodrigo Lopes

Crédito: Rodrigo Lopes
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