Greve dos Correios chega ao 8º dia e atinge região da Grande São Paulo
De acordo com as entidades, a paralisação é parcial
27 de setembro de 2017
(Foto: G1)

Funcionários dos Correios da região metropolitana de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Tocantins e do Maranhão decidiram entrar em greve, após assembleia na noite de terça-feira, dia 26. Com isso, a greve agora atinge todos os 26 Estados do país, mais o Distrito Federal.

Os sindicatos que representam os trabalhadores dessas regiões ainda não tinham decretado a greve, porque são ligados à Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios)uma das duas que representam funcionários dos Correios.

De acordo com as entidades, a paralisação é parcial, com redução de funcionários nas agências, e afeta principalmente a área de distribuição. As agências franqueadas não estão participando da greve, onde são cerca de 1 mil no país. Já as agências próprias totalizam mais de 6.500 pelo país.

Entre as reivindicações, a Fentect pede reajuste salarial de 8% e aumento de outros benefícios. “Além de adiar a negociação por três vezes e jogar vários temas para depois do combinado, a empresa segue retirando cláusulas e sugerindo alterações que ferem apenas os direitos dos trabalhadores”, informa nota da entidade.

Levantamento dos Correios mostra que 90,59% do efetivo total no país estava trabalhando na terça-feira, o que correspondia a 98.350 empregados. Esses números indicam que tem aumentado a adesão de funcionários à greve. Na segunda-feira, 90,7% do efetivo total no país estava trabalhando, o que correspondia a 98.545 empregados. Na sexta-feira, eram 91,3% do efetivo (99.130 empregados). Na quinta, eram 91,65% (99.504 empregados). E, na quarta, primeiro dia da greve, eram 93,17% (101.161 empregados).

Os serviços com hora marcada (Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária) estão com postagens suspensas para os seguintes destinos: Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Paraná, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além de algumas cidades do interior de São Paulo e de Pernambuco.

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Na última segunda-feira, dia 25, o TST (Tribunal Superior do Trabalho) concedeu liminar determinando que os sindicatos garantam no mínimo 80% dos trabalhadores em cada unidade dos Correios, sob pena de multa de R$ 100 mil por dia se isso for descumprido.

Entidades de defesa do direito do consumidor alertam que, mesmo com a greve, os clientes devem pagar em dia contas que chegarem atrasadas, para evitar multas.

Crise

Os Correios enfrentam uma severa crise econômica e medidas para reduzir gastos e melhorar a lucratividade da estatal estão em pauta.

Na quinta-feira (21), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu que existe a possibilidade de privatizar os Correios, mas afirmou que ainda “não há uma decisão tomada”, já que “isso é uma coisa que tem que ser tratada com muito cuidado”.

Nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões.

Os Correios anunciaram em março o fechamento de 250 agências, apenas em municípios com mais de 50 mil habitantes, além de uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos.

Com informações do G1 e da Folha de SP

Crédito: Rodrigo Lopes
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