Bolsonaro diz que convidará Sérgio Moro para ministro da Justiça ou o indicará para o STF
Presidente eleito indicará ao menos dois novos ministros ao Supremo até 2021, com as aposentadorias compulsórias de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello
30 de outubro de 2018
(Foto: Divulgação)

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) confirmou nesta segunda-feira, 29, em entrevistas na televisão, que pretende convidar o juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em Curitiba, para o Ministério da Justiça ou, quando houver, uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro indicará ao menos dois novos ministros do Supremo até 2021, porque os ministros Celso de Mello e Marco Aurélio Mello se aposentarão compulsoriamente por atingirem a idade limite de 75 anos.

“Agora acabou o período eleitoral, se tivesse falado isso lá atrás soaria oportunismo da minha parte. Pretendo, sim, não só para o Supremo, mas quem sabe até para o Ministério da Justiça. Pretendo conversar com ele, saber se há interesse dele nesse sentido e se houver interesse da parte dele com toda certeza ser uma pessoa de extrema importância em um governo como o nosso”, afirmou Bolsonaro à RecordTV.

Ao Jornal Nacional, da TV Globo, o presidente eleito foi questionado novamente sobre o assunto e respondeu que Moro “é um símbolo do Brasil”. “É um homem que tem que ter seu trabalho reconhecido. Pretendo conversar com ele, convidá-lo para o Ministério da Justiça ou, no futuro, abrindo uma vaga no Supremo Tribunal Federal, na qual melhor ele achasse que ele poderia trabalhar pelo Brasil”. A intenção do pesselista de indicar o juiz foi revelada pela coluna Radar há duas semanas.

Nesta segunda, por meio de nota, o magistrado parabenizou o pesselista pela vitória e desejou “que faça um bom governo”. “São importantes, com diálogo e tolerância, reformas para recuperar a economia e a integridade da administração pública, assim resgatando a confiança da população na classe política”, afirmou Sergio Moro.

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À Record, Jair Bolsonaro afirmou que “ficou no passado” a proposta que ele chegou a externar de aumentar o número de ministros do Supremo. “Eu estava embarcando em um rumo, no meu entender, equivocado”, disse o pesselista, que relatou ter conversado com o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli. “Teremos uma convivência extremamente harmônica”, completou.

Bolsonaro voltou a citar os nomes de Paulo Guedes como futuro ministro da Economia, pasta que pode vir a unir Fazenda e Planejamento, do general Augusto Heleno como ministro da Defesa e do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) como ministro-chefe da Casa Civil. Ele afirmou que “falta um pequeno detalhe” para a confirmação do tenente-coronel reformado da Aeronáutica Marcos Pontes, primeiro astronauta brasileiro, como ministro da Ciência e Tecnologia.

Crédito: Veja
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