Animais ameaçados por extinção são avistados em Embu das Artes
Jacu e Sapo Cururu foram vistos durante caminhada em Área de Proteção Ambiental
17 de novembro de 2017
(Foto: Divulgação)

Um grupo de cerca de 50 pessoas da região de Embu das Artes, município da Grande São Paulo, se reuniu para uma caminhada na Área de Proteção Ambiental (APA) Embu Verde e se deparou com algumas surpresas pelo caminho: avistaram animais silvestres de Mata Atlântica, incluindo espécies que podem estar ameaçadas por extinção, como a ave Jacuaçu e o Sapo-Cururu. Tucano, borboletas e insetos também foram vistos.

O motivo da ameaça de extinção ao Jacuaçu e Sapo-Cururu é, sobretudo, pela destruição de seu lar natural, que é a Mata Atlântica. A caça predatória também possui relevância para o triste cenário.

Em Embu das Artes, a região central e oeste ainda possuem bastante vegetação nativa de Mata Atlântica e alguns resquícios de Cerrado Paulista. A Área de Proteção Ambiental Embu Verde se localiza na região oeste, o que aumenta o favorecimento a presença de animais silvestres.

A prefeitura, juntamente com a Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) sinalizou, em agosto deste ano, algumas das principais áreas de passagem destes animais para aumentar a atenção de veículos, a fim de reduzir atropelamentos.

Conhecer para Preservar

Organizada pela SEAE, e sob o lema “Conhecer para Preservar”, a caminhada teve como proposta levar munícipes e demais interessados à APA, patrimônio natural da cidade, para promover reflexão sobre a vida, opções de ocupação e convivência harmônica entre homem e natureza.

Participaram adultos e crianças de diversos bairros de Embu das Artes e região. Hamilton Cezar, do movimento Anjos da Mata Atlântica; Rodrigo Aguiar, biólogo; Mariana Santos, técnica em meio ambiente; e Elton Pereira, fotógrafo, contribuíram com importantes observações e explicações sobre fauna e flora: tanto de espécies nativas, como exóticas e invasoras.

Rodrigo informou que “animais predadores da região, como a onça parda e a jaguatirica, possuem hábitos noturnos e são extremamente ariscos, por isso fogem dos seres humanos”. A informação veio para aliviar algum medo do grupo e de moradores da região.

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Mariana fez uma ampla explicação sobre as cigarras, borboletas e seu ciclo de vida. O grupo também parou em frente ao córrego Votorantim, que faz parte da bacia da Represa Guarapiranga para informações sobre a produção e distribuição de água.

Apoiaram o evento: Departamento de Trânsito de Embu das Artes, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana; Guarda Civil Municipal; Hotel Almenat; Água Mineral Mata Atlântica; Galpão 13 Produções e Guara Mega.

SOBRE A SEAE

Criada por moradores na metade da década de 70, a SEAE atua na preservação ambiental de Embu e região, para estimular e ampliar os processos de transformação socioambiental, cultural e econômica, por meio de processos educacionais participativos e inclusivos, fomentando a atuação em políticas públicas, visando a conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.

Crédito: SEAE
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